A administração de medicamentos é uma das maiores responsabilidades do enfermeiro. Isso porque o erro…
Conhecer as principais vias de administração de medicamentos é fundamental para praticar uma assistência ao paciente de forma eficiente, adequada aos preceitos da prescrição médica e causando menor dano ao indivíduo.
Para tanto, é imprescindível entender sobre as estratégias para aplicação correta e conhecer as informações sobre a compatibilidade das vias nos meios fisiológicos relacionados e quais são os procedimentos em casos de desconforto relatados pelo paciente.
Isso porque é de responsabilidade da equipe de enfermagem seguir os preceitos éticos, técnicos e humanísticos na aplicação de medicamentos, bem como relatar qualquer inconformidade ao profissional médico.
Quer saber mais sobre as principais vias de administração do medicamento? Então, não perca as informações que daremos a seguir!
A administração de medicamentos por diversas vias do organismo deve ser precedida da identificação correta do paciente e de todas as informações detalhadas sobre a aplicação dos medicamentos conforme a descrição.
Nesse sentido, é fundamental conferir o tipo de medicamento, a dose, a posologia, a característica do diluente, a quantidade a ser aplicada e a via de administração descrita na prescrição médica.
Outros dados relevantes se referem às condições do paciente, que podem comprometer a administração dos medicamentos, no caso daqueles que estão agitados, com pouca massa muscular e com acesso venoso difícil.
O enfermeiro deve se atentar também para situações de administração de medicamentos em serviços específicos, como na cardiologia e na UTI neonatal.
A aplicação de medicamentos pode ser feita, basicamente, por três vias, quais sejam: oral, sublingual e parenteral. Para cada uma, existem critérios específicos para sua indicação que estão relacionados ao medicamento e à condição fisiológica do paciente.
Existem outras vias utilizadas em casos específicos, como a intratecal ou a subaracnoidea, que exige prática adequada, recursos diferenciados e suporte para eventuais toxicidades que possam ocorrer no paciente.
Além disso, é imprescindível que o enfermeiro aguarde alguns instantes após a administração dos medicamentos para se certificar de que todo o conteúdo foi absorvido, de que não houve reação adversa e de que o paciente está estável.
Conheça, a seguir, os três principais tipos de administração de medicamentos.
ex., oral, bucal, sublingual, retal, parenteral, tópica e por inalação
A via oral é aquela em que o medicamento é administrado pela boca, e, para que o tratamento seja efetivo, é preciso considerar a forma farmacêutica e o tipo de paciente, que influenciarão nesse processo.
As formas farmacêuticas que podem ser ingeridas por via oral são as sólidas, representadas por comprimidos, cápsulas e pílulas, ou as líquidas, como as soluções e as suspensões medicamentosas.
No primeiro caso, é fundamental que o paciente tenha condições de deglutir sem realizar grandes esforços.
Outro ponto importante é verificar a possibilidade de partição de comprimidos, porém, sabe-se que, devido aos critérios farmacotécnicos, é proibido abrir a cápsula, despejar o conteúdo em um líquido e entregar esse composto ao paciente.
As soluções e suspensões administradas por via oral devem ter palatabilidade para evitar náuseas e vômitos que comprometam todo o tratamento do paciente, além de causarem uma repulsa para as próximas tomadas.
A via parenteral é aquela realizada fora do trato gastrointestinal e é representada pelas vias endovenosa, intramuscular, subcutânea e intradérmica.
Para todas elas, existem agulhas específicas conforme a profundidade que se deseja alcançar, além da compatibilidade das substâncias nos tecidos biológicos.
A via endovenosa é aquela em que o medicamento é administrado na veia do paciente ou em um acesso via diversos tipos de equipo.
É indicada para situações emergenciais e aplicações de grandes volumes de substância, mas requer atenção aos sintomas do paciente.
Exemplos de medicamentos compatíveis com a via endovenosa são antibióticos e aminas vasoativas (adrenalina, dobutamina etc.).
A via intramuscular é aquela em que a agulha é introduzida na região muscular das nádegas e do músculo deltoide.
É recomendada para administrar poucos volumes de medicamentos, mas é uma via com ação rápida porque o músculo é muito vascularizado e rapidamente chega à circulação sistêmica. Alguns contraceptivos são aplicados por essa via.
A via intradérmica é aquela destinada à aplicação na região da derme, abaixo do tecido epidérmico, e muito usada para testes de sensibilidade a substâncias (teste alérgico) ou tratamentos infecciosos.
O medicamento também pode ser administrado no tecido subcutâneo por meio de uma agulha de pequeno comprimento. Essa via é a preferencial para aplicação de insulina, mas é necessário fazer rodízio entre as principais regiões de aplicação subcutânea para reduzir um processo denominado de lipodistrofia.
A via sublingual é bastante utilizada em situações que demandam tratamento de emergência, como nas crises hipertensivas. No entanto, para que a ação seja efetiva, é importante considerar a característica do medicamento e as condições de utilização.
Nesse sentido, somente comprimidos identificados com ação sublingual podem ser introduzidos na região abaixo da língua e em pacientes conscientes. Primeiramente, o medicamento será dissolvido na saliva encontrada nessa região para, posteriormente, ser absorvido.
A ação farmacológica do medicamento sublingual é rápida, e o paciente retorna ao seu estado clínico estável em poucos minutos. No entanto, essa via de administração não deve ser utilizada como tratamento convencional.
O enfermeiro é o profissional responsável pela administração de medicamentos que foi devidamente prescrita pelo médico e atendida pela equipe de farmácia. É importante ressaltar que o processo de administração necessita da observação de algumas informações para evitar conflitos desnecessários.
Nesse caso, o enfermeiro deve compreender o que está descrito em relação à diluição e à reconstituição de medicamentos apresentados na forma de pó liófilo, bem como aquelas ampolas de vidro que serão administradas pós-diluição em água bidestilada.
Se houver dúvidas em relação ao entendimento da prescrição, sobre o diluente ou mesmo em relação à via de administração, é preciso buscar informações com os profissionais envolvidos para efetuar o processo de forma segura.
Após essa checagem, o enfermeiro introduzirá um cateter intravenoso adequado ao calibre da veia e injetará o medicamento previamente preparado em infusão direta ou em soluções diluidoras por meio do equipo, sempre considerando as condições que evitem a contaminação durante as etapas.
Conhecer as principais vias de administração de medicamentos, considerando a complexidade da ação farmacológica, a condição clínica do paciente e a compatibilidade pela via prescrita garantirá maior segurança para a assistência pela enfermagem.
Por isso, é crucial conhecer esses métodos, bem como analisar os fatores que possam influenciar negativamente nesse processo.
Quanto aos adultos, a literatura oferece a recomendação mais consistente de que o volume a ser aplicado deve ser limitado a um máximo de 5 mililitros (ml).
Os sítios típicos para a administração de injeções intramusculares incluem: o músculo deltóide (região deltóide – D), os músculos na área glútea (região dorso-glútea – DG e região ventro-glútea – VG) e os músculos na face lateral da coxa (região da face ântero-lateral da coxa – FALC).
Agora que você já compreendeu quais as vias de administração do medicamento, compartilhe este texto com seus colegas e ajude a disseminar informações de qualidade!
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