15 termos técnicos de enfermagem que você precisa conhecer agora!

Existem diversos termos técnicos de enfermagem que são usados no dia a dia do trabalho em um hospital.

Eles ajudam a classificar a situação clínica do paciente e estão registrados em prontuários, prescrições e outros documentos de saúde, sendo que quem trabalha na assistência precisa sabê-los para cuidar do indivíduo de forma adequada.

Além disso, esses conhecimentos são necessários para se tornar um enfermeiro, pois envolvem práticas e conceitos das áreas de saúde, gestão hospitalar e relacionamento interpessoal.

Por isso, é importante conhecer os termos técnicos que devem ser aprendidos, mas alguns são praticamente obrigatórios. Para ajudá-lo, elaboramos o artigo a seguir e explicamos alguns desses principais conceitos. Boa leitura!

1. Abcesso

O abcesso é uma coleção de material purulento (pus) que normalmente se forma devido a uma infecção por bactéria. Ele pode aparecer também em outros problemas de pele ou doenças, como a foliculite dissecante, apresentando-se como uma protuberância arredondada com a pele vermelha em volta em qualquer superfície da região.

Os sintomas do abcesso são dor e calor local. Em geral, ele aparece entre os pacientes com superpopulação bacteriana, antecedente de trauma ou alteração circulatória e imunológica e necessita de intervenções clínicas com curativos especiais.

2. Afagia

A afagia é considerada a impossibilidade de deglutir, isto é, engolir alimentos, bebidas ou a própria saliva. Geralmente, a pessoa começa com a disfagia (dificuldade de engolir) e, se medidas não forem tomadas, a condição evolui para a afagia.

O problema costuma acontecer com pacientes que têm distúrbios neurológicos. Ao passo que a condição não se resolve, aumenta a chance de desnutrição, desidratação e outras complicações clínicas.

3. Bradipneia

A bradipneia é uma condição em que o paciente apresenta uma respiração lenta e está diretamente relacionada a problemas pulmonares.

A frequência da respiração dependerá da idade e dos demais problemas de saúde que o paciente tem.

Ou seja, em idosos e crianças, a bradipneia deve ser monitorada cuidadosamente devido à fragilidade do sistema pulmonar nessas populações.

A condição, se não tratada com medicamentos, procedimentos clínicos e fisioterápicos, pode evoluir para a apneia, ou seja, ausência de respiração por períodos longos, e agravar muito o quadro do paciente.

4. Cefaleia

Cefaleia é o termo técnico usado para a dor de cabeça, referindo-se a variados tipos ou intensidades do incômodo em qualquer parte da cabeça. A cefaleia pode ser primária, quando não há doenças ou transtornos que causam o problema, ou secundária, se a dor for provocada por outro problema de saúde.

As primárias incluem enxaqueca e cefaleia tipo tensão ou tipo trigêmeo-autonômica. As secundárias podem ser relacionadas a:

• traumatismos da cabeça ou do pescoço;
• perturbações cranianas vasculares ou não vasculares;
• substâncias (ou sua privação);
• infecção;
• problemas psiquiátricos, entre outros.

A cefaleia é mais um sintoma a ser avaliado nos pacientes, mas não deve ser confundida com a enxaqueca, que é uma condição mais grave que requer uso de medicamentos endovenosos.

5. Dermatose

Trata-se de uma reação alérgica que se desenvolve na pele de forma crônica. A alergia pode surgir como bolhas, coceira, inflamação e descamação. O termo é usado de forma ampla para designar diversas reações que têm essas mesmas características, como:

• dermatose ocupacional: aquela causada por elementos presentes no ambiente de trabalho, como calor, frio, radiação, vibração, laser, eletricidade;
• dermatose bolhosa: aquela com o surgimento de bolhas superficiais que se rompem facilmente.

Sendo assim, é importante entender a origem do problema, intervir para evitar complicações e manter a pele íntegra e hidratada, sempre que possível, para reduzir o aparecimento desses problemas.

6. Diurese

O termo diurese significa a quantidade de urina produzida pelos rins e é um ótimo marcador da função renal do paciente. Dessa forma, além da quantidade da diurese mensurada diariamente, a equipe de enfermagem deve avaliar também a coloração e o odor.

A diurese, a temperatura corporal, a pressão arterial e a glicemia são consideradas dados vitais para o monitoramento do paciente, seja em ambiente hospitalar, seja em ambiente ambulatorial. Elas também ajudam a determinar a dose adequada e o gotejamento do medicamento conforme o nível de excreção pelo rim.

7. Edema

Esse é um dos termos técnicos de enfermagem que remetem ao inchaço e diz respeito ao acúmulo de líquidos nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo. O edema pode ser localizado, caso se limite a uma região do corpo, ou generalizado, quando está presente no corpo todo.

Apesar de o problema ser considerado uma característica patológica, pode também surgir em situações benignas (como durante a tensão pré-menstrual). Suas causas são diversas e incluem:

• aumento da pressão hidrostática do sangue;
• inflamação local;
• alterações na parede dos capilares;
• retenção de sódio;
• diminuição da drenagem linfática.

8. Equimose

É um termo de enfermagem relacionado ao extravasamento de sangue, causando manchas avermelhadas na pele. Muitos clínicos o consideram como sinônimo de hematoma, mas existem diferenças importantes.

Na equimose, o paciente apresenta uma mancha do tipo hemorragia em lençol e a condição não causa elevação da pele. Além disso, o aspecto visual é menos intenso se comparado ao hematoma, sendo assim, é menos grave.

9. Fissura

A fissura é uma pequena abertura do tipo fenda que pode ocorrer em diversas partes do organismo — normalmente em lugares em que a força do paciente contribui para esse desenvolvimento.

Nesse sentido, a fissura anal é uma das mais comuns causadas pela contração exagerada do paciente no momento da evacuação das fezes, principalmente nos indivíduos com constipação, sendo muito dolorida e considerada uma porta de entrada de micróbios no organismo.

10. Hematoma

O hematoma acontece quando o sangue deixa o interior dos vasos sanguíneos e se acumula em algum órgão ou tecido do corpo. Por estar fora dos vasos, o sangue deixa de exercer a sua função e pode até causar problemas para os órgãos subjacentes.

A gravidade do problema que um hematoma pode causar está relacionada com o seu tamanho e com o lugar onde se localiza. O tipo mais comum é aquele observado na pele, que surge depois de uma pancada ou de um trauma local.

O sangue que extravasou não volta para os vasos, de forma que o hematoma só desaparece quando o conteúdo for completamente absorvido pelas células de defesa do corpo. No entanto, existem medicamentos que aceleram esse processo.

11. Isquemia

A isquemia acontece quando há falta de sangue em uma determinada região, proporcionando alterações significativas no órgão afetado. As principais causas de isquemia são a obstrução dos vasos sanguíneos ou o aumento da viscosidade do sangue.

A condição pode afetar o coração, se o entupimento dos vasos sanguíneos for detectado nas coronárias, como também no cérebro, causando sequelas neuronais significativas ou favorecendo um evento fatal.

12. Necrose

O termo é usado para designar um conjunto de alterações morfológicas em células e tecidos que morreram. No local da necrose, há também a inflamação causada pelo extravasamento de enzimas do interior da célula para o meio extracelular.

O quadro é verificado quando há alguma lesão irreversível na célula, sendo diferente do apoptose, que se trata do processo natural de morte celular. Os diferentes tipos de necrose podem estar presentes em úlceras, lesões e cicatrizes de cirurgias.

13. Prurido

Esse é o termo técnico Prurido para coceira, definido como sintoma de outra condição (e não como uma doença em si). O prurido pode causar escoriações e lesões na pele, que, por sua vez, levam a inflamações, degradação cutânea e infecção secundária.

O principal mediador da coceira é a histamina, substância produzida pelos macrófagos e liberada em resposta a diversos estímulos. A coceira pode ser o sintoma de uma doença de pele ou de outras condições sistêmicas. Suas causas são:

• pele seca;
• dermatite atópica;
• dermatite de contato;
• infecções fúngicas;
• reações alérgicas;
• doença renal crônica.

14. Taquipneia

Trata-se do termo utilizado para denominar a aceleração do ritmo respiratório de uma pessoa. Em um adulto normal, a frequência respiratória varia entre 12 e 18 respirações por minuto.

Entre as crianças, esse número é maior, variando de 20 a 50 respirações por minuto em recém-nascidos. Valores acima desses são considerados taquipneia. A respiração acelerada pode ser sintoma de algumas condições de saúde, como:

• doenças pulmonares (asma, bronquite, enfisema pulmonar, edema pulmonar);
• estresse ou ansiedade;
• insuficiência cardíaca.

Ela também pode aparecer em condições benignas, como durante a gravidez e após a realização de exercícios físicos.

15. Vertigem

A vertigem é um tipo de tontura que diz respeito a uma falsa sensação de movimento. A pessoa permanece parada, mas sente que o seu próprio corpo ou o ambiente à sua volta está se movendo, girando.

Além disso, o paciente com vertigem pode apresentar náuseas, vômitos, perda de equilíbrio e/ou dificuldade para andar.

Ela não é considerada um diagnóstico, mas, sim, uma sensação que pode estar relacionada principalmente a distúrbios de partes do ouvido e do cérebro, como:

• labirintite;
• neuronite vestibular;
• cefaleia de origem vestibular.

Neste artigo, trouxemos alguns dos principais termos técnicos de enfermagem que são usados corriqueiramente na atenção à saúde e são importantes para a compreensão do estado clínico do paciente.

No entanto, o ideal é sempre estudar também outros conceitos, para conseguir atender aos indivíduos com maior conhecimento e qualidade, além de sempre oferecer um atendimento efetivo e humanizado.

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