Os cuidados de enfermagem ao paciente traqueostomizado devem ser intensos, com o intuito de evitar…
A sonda nasogástrica é de grande utilidade no cuidado de pacientes que, porventura, apresentem problemas de deglutição ou não possam se alimentar por via oral, além de ser aplicada também com outras finalidades, como a preparação para cirurgias, e em procedimentos diagnósticos e terapêuticos.
A inserção da sonda é de responsabilidade do enfermeiro e o seu manuseio incorreto pode acarretar complicações, como infecções nas vias aéreas, náuseas, distensão abdominal, obstrução da sonda e perfurações do sistema digestivo.
Assim, neste post, vamos falar um pouco mais sobre suas indicações de uso e os cuidados necessários para que não ocorram tais complicações. Confira!
A sonda nasogástrica, ou nasoenteral (SNE), trata-se de um tubo de borracha ou plástico — polivinil— flexível, inserido pela narina até o estômago ou intestino, para viabilizar a alimentação ou a drenagem de fluidos de um paciente.
A introdução desse tipo de sonda deve ser feita por um enfermeiro e seu uso tem a finalidade de administrar medicamentos ou alimentos, descomprimir o estômago para a remoção de líquidos, avaliar a motilidade intestinal, tratar sangramentos e obstruções, ou ainda, coletar conteúdo gástrico para a análise.
A nutrição enteral é indicada no caso de pacientes em internação prolongada, que, por alguma razão, não conseguem ingerir alimentos.
Por exemplo, devido ao coma, a uma cirurgia maxilofacial ou cervical, a patologias do trato gastrointestinal, a doenças degenerativas, ao AVC, ao câncer na língua e outros.
Além da função alimentar, a sonda pode ser utilizada para lavagem gástrica, na preparação para cirurgias, para o estancamento de hemorragias e na drenagem de líquidos.
Ademais, seu uso também é possível na administração de medicamentos de quimioterapia no tratamento oncológico.
Pode ser empregada tanto na internação hospitalar quanto na domiciliar e exige alguns cuidados para evitar problemas, como obstrução, entupimento, furo, rachadura, perda ou saída da sonda.
Seja no hospital, seja em casa, o enfermeiro deverá orientar o responsável — técnicos de enfermagem e cuidadores — sobre os cuidados necessários com a sonda nasogástrica. Confira aqui os mais importantes!
Como o tubo é muito fino, pode se entupir facilmente. Assim, é necessário realizar a limpeza da sonda após o uso.
Aplique 30 ml de água filtrada antes e após cada utilização, para assepsia. Injete com cuidado para que a pressão da água não rompa a sonda.
Limpe também a parte externa do tubo, com gaze, água e álcool 70%, pelo menos, uma vez ao dia.
Veja mais sobre a: higienização na Sonda nasogástrica
Para evitar retrações e o deslocamento da sonda, ela deve ser fixada à pele do paciente com um esparadrapo ou uma fita hipoalergênica.
A fita deve ser trocada com regularidade, ou sempre que estiver descolando.
Lave o nariz com água e sabão e seque bem, antes de colar novamente, mas sem esfregar, tomando cuidado para não deixar o tubo do-brar e nem passar na frente dos olhos ou da boca.
Veja mais sobre a: Fixação da Sonda Nasogástrica
Antes de administrar qualquer substância via sonda, é necessário aspirar o líquido que está dentro do estômago.
Dobre a ponta da sonda e aperte, evitando a entrada de ar no tubo e, então, retire a tampa.
Encaixe a seringa, desdobre o tubo e puxe o êmbolo, aspirando o conteúdo gástrico.
Caso o volume aspirado corresponda a mais da metade da refeição anterior, é recomendado aguardar para alimentá-la mais tarde. O conteúdo aspirado deve sempre ser reposto.
Ao término, dobre novamente a ponta da sonda, repetindo o procedimento para que não entre ar no tubo e retire a seringa, voltando a tampá-la.
Além do posicionamento correto da sonda, é preciso se preocupar também com a posição do paciente para receber a dieta líquida.
Ele deve ser colocado sentado, com travesseiros nas costas, em um ângulo mínimo de 15 graus.
Após a administração da dieta, é necessário mantê-lo em decúbito por cerca de 30 min para evitar vômitos e a aspiração para os pulmões.
Se não for possível sentar o paciente, deve-se colocá-lo de lado, para impedir o refluxo gástrico.
Dependendo do estado do paciente, do tipo de dieta e da localização da sonda, bem como das necessidades nutricionais e da existência de alimentação oral complementar ou não, a administração da dieta pode acontecer de forma contínua, intermitente ou em “bolus”.
No caso da administração contínua, o volume indicado é de cerca de 100 a 150 ml por hora.
Já na intermitente, há oferta de doses de 200 ml a 400 ml, de 4 a 6 vezes ao dia, por meio de frascos ou bombas de infusão.
A administração em “bolus” é feita por seringas ou com o uso de frascos pendurados em suportes elevados, utilizando a gravidade para infundir, gota a gota, o volume em um tempo de 5 a 15 min.
Após a aspiração, encha a seringa e encaixe na sonda, sempre dobrando o tubo quando for retirar a tampa.
Pressione o êmbolo lentamente, para dispensar o conteúdo em cerca de 3 minutos.
É necessário ter cuidado para não administrar o alimento com pressa, causando distensão abdominal, má absorção, vômito e diarreia.
Após o término de cada frasco, é recomendado limpar a sonda com 20 ml de água filtrada e fervida, evitando acumular resíduos. Por fim, mantenha a sonda fechada quando não estiver sendo usada.
As sondas devem ser trocadas sempre que houver algum problema, como rachadura, obstrução ou maus posicionamento e funcionamento. Caso contrário, um paciente pode permanecer com a mesma sonda por até 5 meses, ou mais.
Neste artigo, você aprendeu como manusear uma sonda nasogástrica para a nutrição enteral ou a aspiração gástrica, seja em ambiente hospitalar, seja em home care.
Seguindo essas orientações de limpeza, posicionamento e administração da dieta, os riscos são minimizados, evitando entupimentos e efeitos colaterais, como vômito e diarreia.
A sondagem nasogástrica/orogástrica, inserida pelo nariz ou pela boca, tem diversas finalidades, incluindo descompressão gástrica, diagnóstico da motilidade intestinal, administração de medicamentos e alimentos, tratamento de obstruções ou sangramentos locais, e obtenção de conteúdo gástrico para análise.
A sonda nasogástrica, também conhecida como sonda nasoenteral (SNE), é um dispositivo flexível feito de borracha ou plástico, geralmente de polivinil, que é inserido através da narina até o estômago ou intestino com a finalidade de facilitar a alimentação ou a drenagem de fluidos em pacientes.
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Se você gostou deste conteúdo sobre os cuidados necessários com a sonda nasogástrica e está se preparando para especializar-se na área de saúde, não deixe de ler nosso outro post sobre como se organizar financeiramente para estudar. Boa leitura!