Quando se fala no atendimento em saúde, estamos nos referindo a um serviço que deve…
A saúde mental dos profissionais de saúde é um tema recorrente a ser trabalhado, mas ainda negligenciado tanto pelos gestores quanto pelos próprios colegas de profissão, gerando comportamentos controversos sobre essa temática.
Enquanto alguns profissionais revelam abertamente que já foram diagnosticados com distúrbios mentais, outros ainda se negam a procurar ajuda devido ao risco de demissão ou à restrição das atividades desempenhadas.
O que se sabe é que o profissional de saúde que cuida dos pacientes também necessita de assistência, para garantir produtividade, a efetividade e a segurança nas atividades desempenhadas, sem oferecer risco ao doente.
Por isso, se quiser saber mais sobre a saúde mental dos profissionais de saúde, não deixe de conferir este post sobre o assunto. Boa leitura!
Os profissionais de saúde lidam diariamente com as angústias dos pacientes, com o processo nítido da finitude da vida, com a escassez de materiais e medicamentos nos ambientes clínicos e com a constante pressão para proporcionar a melhor assistência ao paciente.
Enquanto algumas causas estão fora de sua alçada, caberá ao profissional saber lidar com as adversidades e conseguir o tratamento mais adequado às condições clínicas, socioeconômicas e ambientais para o paciente.
Acontece que nem sempre isso é possível e, somado aos transtornos familiares, é quase impossível manter a sanidade mental para prestar assistência aos pacientes enfermos e mais debilitados.
Outro fator preponderante é a condição de intensa pressão que ocorre nas instituições de saúde, em que pequenas decisões devem ser tomadas imediatamente e de forma precisa, para evitar complicações graves ou fatais.
Os estudos apontam que 12% dos problemas de saúde incapacitantes, hoje, são diagnosticados como transtornos mentais. Outras pesquisas descrevem queixas comuns do cotidiano relacionadas a mal estar gástrico, sensação de inutilidade, insônia etc., que podem evoluir para condições mais graves.
Esse cenário é comum em diversos segmentos, tais como hospitais, serviços de atenção básica, atividades de alta complexidade e outras que demandam atenção, destreza e experiência dos profissionais clínicos.
As causas para o desenvolvimento desses distúrbios são amplas e vão desde a sobrecarga de trabalho, com jornadas superiores a 24 horas diárias, até a predisposição genética para o aparecimento na idade adulta.
Conheça, a seguir, alguns dos distúrbios mentais dos profissionais de saúde.
O distúrbio depressivo maior é uma das doenças mais incapacitantes, e os sintomas incluem tristeza profunda, anedonia (dificuldade para se motivar), alterações de apetite que refletem em aumento ou perda de peso corporal etc.
O indivíduo pode se isolar socialmente, torna-se mais agressivo e impaciente e não tem capacidade para controlar suas emoções diante das pressões do cotidiano ou dos desafios enfrentados na vida pessoal.
O diagnóstico é clínico, feito por uma psiquiatria, e o tratamento é baseado na psicoterapia e na prescrição e administração de medicamentos específicos para essa finalidade. O acompanhamento deve ser periódico para evitar recaídas.
A síndrome do esgotamento é quando o profissional de saúde não consegue lidar com todas as demandas do dia a dia e, com isso, apresenta-se com problemas de memória, torna-se agressivo e intolerante e dificilmente consegue relaxar nos períodos de lazer.
O diagnóstico pode ser confundido com o transtorno da ansiedade generalizada, ou pode-se ter a falsa noção de que esses sintomas são atribuídos a algum episódio específico, o que pode ser negligenciado também.
Os profissionais podem ser diagnosticados com transtorno de ansiedade, distúrbios bipolares, esquizofrenia, transtorno obsessivo-compulsivo, ataques frequentes de pânico, dentre outras doenças.
Para algumas delas, o risco de suicídio é eminente, principalmente em médicos, que têm acesso e conhecimento sobre medicamentos, ou enfermeiros, devido à possibilidade de obtenção da medicação.
Para todas elas, é fundamental haver um tratamento adequado, verificando parâmetros de efetividade e segurança dos medicamentos e observando o comportamento dos profissionais de saúde durante a assistência ao paciente.
A saúde mental dos profissionais de saúde dependerá do equilíbrio entre as atividades assistenciais e os momentos de lazer e descontração entre família e amigos. Além disso, outras estratégias são bem-vindas. Acompanhe conosco!
É sabido que a prática frequente de atividade física pode reduzir a probabilidade de desenvolver distúrbios mentais devido à liberação de neurotransmissores que trazem a sensação de bem-estar e calma.
Para tanto, é essencial fazer atividades físicas conforme o perfil clínico do profissional, em horários compatíveis com as demandas laborais e que sejam prazerosas para o indivíduo que executará os exercícios.
Após um expediente desgastante, é comum que os profissionais de saúde tenham dificuldade de se “desligar” dos fatos recentes. Nesse caso, um banho relaxante, uma música ambiente ou a participação em eventos em família são ótimas opções de distração.
Outra dica fundamental é silenciar as mensagens do celular provenientes dos grupos de trabalho, a não ser que a situação clínica demande essa atenção. Mesmo assim, é fundamental filtrar as prioridades nessa questão para evitar o trabalho a distância.
A maioria das pessoas está esgotada profissionalmente porque estão destinando seu tempo para resolver problemas fora do ambiente de trabalho, além daquelas demandas que não são de sua responsabilidade.
Por isso, é fundamental destinar um tempo para cuidar da saúde mental e física, aproveitar momentos sozinhos e desfrutar de pequenos prazeres, seja visitando uma cafeteria, seja curtindo um cinema, seja encontrando com os amigos.
A saúde mental dos profissionais de saúde está diretamente relacionada aos hábitos saudáveis. Isso porque, em muitas situações, é comum descontar as frustrações na comida e evitar a prática esportiva.
Por isso, uma alimentação saudável e balanceada é fundamental para ter disposição para atividades diárias, além de manter o número mínimo de horas de sono, entre outras questões de relevância para a saúde.
A maioria das pessoas tem vergonha em procurar ajuda psicológica com receio de perderem seus empregos ou serem taxadas de fracas para exercer plenamente as atividades assistenciais.
Acontece que a procura por apoio psicológico e a discussão dos eventos cotidianos nas sessões de psicoterapia são essenciais para lidar com as angústias diárias e trazer força e confiança para os que estão passando por um processo complexo.
A saúde mental dos profissionais de saúde é um tema que deve ser desmistificado, tratado adequadamente e sem preconceitos e compartilhado entre os colegas de profissão.
Além disso, é crucial adotar medidas relacionadas ao equilíbrio emocional para se tornar um enfermeiro de sucesso e procurar ajuda terapêutica sempre que necessário.
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