A medicina integrativa vem crescendo no ambiente clínico, pois propõe uma abordagem completa dos pacientes,…
Nos últimos anos, a tecnologia evoluiu a passos largos, e diversos avanços podem ser observados hoje na área da saúde. Um dos exemplos da transformação digital é a substituição das fichas em papel por um sistema muito mais integrado e seguro: o prontuário eletrônico do paciente.
Essa ferramenta tem como objetivo facilitar o trabalho de médicos e demais profissionais da saúde. Ela já é empregada em grandes hospitais e clínicas tanto da rede privada quanto da rede pública de saúde, mas poucas unidades de pequeno e médio porte se renderam aos benefícios dessa inovação.
Seja por desconhecimento, seja por medo de implementar uma nova tecnologia, muitos ainda resistem em inovar na gestão de seus estabelecimentos. Mas será que realmente há motivos para receio? Siga conosco para saber mais sobre o prontuário eletrônico e ficar por dentro das vantagens que ele traz para o atendimento aos pacientes!
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o prontuário é um documento que reúne todas as informações de saúde do paciente. É nele que encontramos exames, imagens, anotações e tudo o que for necessário para garantir um entendimento completo dos fatos médicos que ocorreram previamente.
Trata-se, portanto, de um guia essencial que até pouco tempo muitos hospitais mantinham apenas na forma de um arquivo em papel. Aos poucos, o material impresso e escrito à mão vem sendo substituído por sua versão digital, o prontuário eletrônico do paciente.
Essa ferramenta registra, armazena e disponibiliza informações em uma interface intuitiva e fácil de mexer, tornando o acesso simples e rápido. Apesar de existirem sistemas de desenvolvedores diferentes, todos devem seguir uma estrutura padrão, como é determinado pelo CFM.
Os prontuários eletrônicos começaram a despontar nos Estados Unidos na década de 60, quando os computadores ainda não eram populares. No entanto, foi a partir dos anos 80 que a informatização da saúde decolou em terras americanas.
Por aqui, a regulamentação do prontuário eletrônico do paciente só aconteceu em 2002 — por meio da resolução 1638 do CFM. Esse documento estabelece as normas técnicas para uso de sistemas informatizados para a guarda e manuseio do prontuário médico, abordando temas como segurança e políticas de privacidade e confidencialidade.
No final de 2016, o Ministério da Saúde determinou que todas as Unidades Básicas de Saúde do Brasil implementassem o sistema de prontuário eletrônico. A informatização da atenção básica é o primeiro passo para a criação de um modelo nacional que facilitará os atendimentos e a gestão, contribuindo também para o gerenciamento dos recursos públicos.
Na rede privada, a migração dos prontuários para o meio digital já é muito disseminada pelas policlínicas e hospitais. Como esses ambientes reúnem diversas especialidades, a informatização permite interligar várias áreas, facilitando processos como a recepção, a realização de exames e a internação do paciente.
De acordo com a pesquisa “Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Estabelecimentos de Saúde Brasileiros” (TIC Saúde 2017), 81% dos estabelecimentos de saúde em nosso país adotam algum sistema eletrônico. No entanto, apenas 21% mantêm em meio digital as informações clínicas e cadastrais dos pacientes.
O maior objetivo do prontuário eletrônico é tornar os atendimentos mais rápidos e completos. No entanto, os benefícios vão muito além de melhorar a experiência dos pacientes. Acompanhe!
A desburocratização consiste em eliminar exigências que são desnecessárias. Pense na seguinte situação: você precisa resolver algo pelo telefone e, ao ser direcionado para um novo atendente, tem que repassar todas as informações. Chato, não é mesmo? Mais do que isso, é um desperdício de tempo para você e para o funcionário que está do outro lado da linha.
Na saúde, os centros que não recorrem a soluções digitais sofrem uma situação análoga. Se, cada vez que o paciente for encaminhado para outro setor, todas as informações tiverem que ser novamente coletadas, isso gerará um gasto de tempo, sem falar no risco de perdê-las pelo caminho.
Enquanto os documentos em papel estão sujeitos a rasuras e danos, a versão eletrônica não corre esse risco. Todas as informações são salvas na nuvem de forma segura, usando tecnologia similar às empregadas pelos bancos na internet. Assim, o prontuário não se perde, e os dados são mantidos respeitando a confidencialidade, como determina o CFM.
Outro ponto que garante segurança ao paciente é o acesso rápido às informações. Uma breve consulta ao prontuário eletrônico pode, por exemplo, evitar que determinado medicamento seja administrado ao indivíduo internado que já apresentou reação prévia à droga, ajudando a prevenir erros médicos.
De acordo com a pesquisa TIC Saúde 2017 já mencionada, a adoção de sistemas eletrônicos é percebida de forma positiva: 93% dos médicos acreditam que a tecnologia tornou os processos mais eficientes e 82% dos profissionais viram a qualidade do tratamento melhorar.
Essa percepção dos profissionais pode ser explicada pela maior agilidade na troca de informações e na facilidade em acessar os dados. Contar com um sistema informatizado permite a conexão remota, de forma que setores diversos do hospital ou mesmo o médico a distância possam checar o prontuário eletrônico do paciente a partir de diferentes dispositivos.
Tempo é dinheiro, certo? Por essa frase, já podemos perceber como a adoção dos prontuários eletrônicos contribui positivamente para as receitas de uma clínica. Afinal, a informatização permite fazer mais em menos tempo.
Mas a economia não para por aí. A organização de todas as informações do paciente em um ambiente virtual evita que medicamentos sejam prescritos de forma redundante, o que também traz mais segurança ao atendimento. Além disso, a diminuição do uso de materiais de escritório, como papel e pastas, significa menos custos — ao mesmo tempo em que contribui para a preservação do meio ambiente.
Viu quantos motivos para investir em um sistema digital? Os benefícios do prontuário eletrônico do paciente se estendem a todos os profissionais da saúde. Trata-se, portanto, de uma ferramenta crucial para quem deseja ficar atualizado, melhorar seus serviços e fazer mais pela comunidade.
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