A enfermagem do futuro já chegou! Mas é necessário que os profissionais se capacitem para…
Os processos de enfermagem devem ser avaliados cuidadosamente e seguidos conforme os preceitos da profissão. Para tanto, é fundamental conhecer seus fundamentos e as principais etapas dessa estratégia.
Além disso, os propósitos dos processos de enfermagem se relacionam à organização das condutas para facilitar o diagnóstico do enfermeiro e propor intervenções embasadas em sinais e sintomas prioritários.
Por isso, é essencial seguir as etapas de forma cronológica, analisar a funcionalidade dessa estratégia e adaptá-la conforme o tipo de atendimento ou procedimento a ser realizado, bem como conforme o perfil do paciente.
Quer conhecer quais são os processos de enfermagem? Então, confira essas informações neste post!
Qualquer profissão que lida diretamente com o paciente deve prezar por uma anamnese detalhada, levantar a história clínica, medicamentosa, cirúrgica e emocional do paciente e, depois, intervir conforme a área de atuação.
Acontece que muitos profissionais vivenciam diariamente isso de forma arbitrária e sem organização, o que dificulta a percepção individual quanto à contextualização para outros profissionais de saúde.
Dessa forma, a integralidade do cuidado fica prejudicada, pois as informações ficam desconexas e incompletas para os outros profissionais de saúde que precisam entender a situação do paciente.
Por isso, os processos de enfermagem têm como propósito estabelecer uma linha de raciocínio entre a análise da situação atual do paciente e as intervenções que devem ser executadas para a melhoria do prognóstico.
Também denominado de sistematização de assistência de enfermagem, esse método é fundamental para aperfeiçoar a gestão do cuidado e melhorar as percepções dos enfermeiros em relação à situação do paciente.
Portanto, as etapas devem ser cronologicamente seguidas para garantir a efetividade dos procedimentos e a segurança nas condutas, além de contribuírem para a redução de custos desnecessários.
Acompanhe, a seguir, as etapas desse processo de enfermagem.
Quando um paciente chega para o atendimento da enfermagem, é crucial apurar as informações que vão além das principais queixas relatadas pelo indivíduo, bem como fazer a avaliação dos resultados de exames. É importante mencionar que essa etapa deve ser feita com acolhimento ao paciente, sempre utilizando as técnicas de humanização.
Por isso, a primeira etapa definirá os principais pontos de investigação de qualquer suspeita diagnóstica, mediante a coleta precisa e completa das informações obtidas pelo histórico do paciente.
Nesse sentido, é aconselhável aprofundar quais dados são relevantes para as queixais atuais e outros que têm relação indireta com a suspeita diagnóstica e questionar o paciente, a família e outros indivíduos que possam atestar alguma variação nos sintomas.
Vale lembrar que é fundamental descrever as informações de forma objetiva e cronológica, inserindo as percepções do paciente e caracterizando-as conforme as evidências mais relevantes.
Trata-se da interpretação e conclusão dos achados clínicos, laboratoriais e de relatos do paciente. Nesse estágio, é recomendável trabalhar com algumas suspeitas diagnósticas e descartá-las conforme a evolução dos sintomas.
Após uma análise minuciosa, o enfermeiro tomará uma decisão em prol da melhoria do estado de saúde do paciente. Nesse contexto, serão consideradas as questões que envolvam risco iminente de morte ou que possam piorar a condição clínica do doente.
Por isso, é interessante avaliar detalhadamente cada situação, discutir com os demais colegas que atenderam o paciente, coletar novas informações e estabelecer o diagnóstico mais apropriado ao cenário apresentado.
É a definição do plano de ação, que será executado mediante a organização dos problemas listados anteriormente, assim como a avaliação do tempo para a mudança da situação atual do paciente.
Nesse sentido, o enfermeiro deve plotar os resultados que se espera alcançar com base nas propostas elaboradas e analisar a efetividade das condutas ou fazer uma reavaliação para novas intervenções.
Exemplo disso é quando o profissional detecta alterações significativas na pressão arterial, sugere uma intervenção farmacológica e observa, posteriormente, se os parâmetros foram normalizados.
Nas situações que envolvam procedimentos cirúrgicos, inserção de cateteres, entre outros, é importante programar as atividades desde o preparo dos materiais até o tempo de recuperação do paciente.
Essa etapa é a execução do plano terapêutico proposto pela equipe de enfermagem, que será realizada também com o apoio de uma equipe multidisciplinar, quando a decisão envolver outras áreas de atuação.
Dessa forma, os enfermeiros devem prezar pela implementação das atividades já planejadas, encaminhar a outros profissionais após a finalização de sua etapa ou reavaliar as atividades conforme a evolução clínica do paciente.
Essa etapa inclui a administração dos medicamentos prescritos, o cálculo de gotejamento, a realização de curativos especiais, as mudanças de decúbito, as alterações na taxa de oxigenação, entre outras atividades.
Nesse sentido, se tudo transcorrer dentro do esperado, as metas serão alcançadas. Caso contrário, é fundamental reavaliar os pontos fracos e modificar o processo outrora determinado, principalmente quando a situação clínica do paciente exigir novas condutas.
Trata-se de um processo deliberativo, comparativo e contínuo e de autoavaliação para determinar se as perguntas iniciais foram respondidas e o que tirar de lição e proveito com as falhas identificadas.
O processo final serve para analisar todas as variáveis que culminaram no desfecho final. Isso significa que algumas rotinas serão revistas a partir desse panorama e outras serão otimizadas na assistência.
Isso porque, nas instituições clínicas, é notória a dependência entre os setores, e a equipe de enfermagem deve contribuir para melhorias nesse trâmite. Existem diversas situações em que uma intervenção somente poderá ser executada após as atividades de outros setores.
Exemplo disso é a espera pelo resultado de exames laboratoriais e imageológicos, pela inserção do prontuário do paciente no software da instituição ou pela decisão do paciente ou familiar para iniciar o procedimento.
A partir dessas observações, será possível traçar as rotinas mais efetivas, cobrar mudanças dos setores que são responsáveis indiretamente pela conduta da enfermagem e avaliar constantemente as ações por meio de indicadores.
Os processos de enfermagem devem ser compreendidos em sua plenitude, implantados adequadamente e constantemente avaliados com o intuito de modificá-los ou aprimorá-los para atender aos pacientes. Além disso, é fundamental manter uma linguagem clara, objetiva e compreensível, para não incorrer em intervenções incompletas ou inapropriadas quando se envolvem cuidados com a saúde do doente.
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