Uma das especializações mais desejadas, em que há maior demanda de profissionais para a área, é a de Medicina Intensiva: um setor relativamente novo e com alta demanda de profissionais, oferece oportunidades importantes para os recém-formados que ainda não decidiram qual será sua especialização.
Porém, muitos profissionais não sabem o que se estuda nessa área ou as principais características do trabalho intensivista. Então, como decidir se deseja atuar nesse campo se não o conhece, não é mesmo?
Leia este artigo e compreenda o que é a medicina intensiva, como é o dia a dia do profissional, quais são as principais tendências e as habilidades necessárias para ser um bom médico intensivista e ter uma carreira de sucesso.
A medicina intensiva é uma área de especialidade médica destinada aos profissionais que trabalham no que é conhecido popularmente como Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Essa área surgiu na década de 1960, com o surgimento dos Sistemas de Terapia Intensiva. O objetivo era oferecer cuidados mais apurados e intensos para os pacientes mais delicados, de forma a detectar rapidamente as mudanças que poderiam significar risco à vida dos pacientes.
Desde então, o setor vem se modernizando e se atualizando com as novas tecnologias de monitorização de pacientes e tratamentos mais apurados de doenças e quadros que inspiram mais cuidados.
Para decidir se deseja trabalhar nessa área, é importante ter consciência de como o intensivista exerce sua função. Ele pode ser rotineiro/diarista nos hospitais que contenham leitos de UTIs gerais ou especializadas. Também, caso deseje, pode atuar como especialista na área em que tenha feito residência.
O profissional que deseja atuar nesse setor deve realizar um curso de graduação em Medicina e realizar, pelo menos, dois anos de residência em Clínica Médica, Cirurgia Geral, Anestesiologia, Infectologia ou Neurologia. A partir disso, pode realizar o curso de especialização, que tem, em média, duração de dois anos.
Essa formação habilita o médico a lidar com pacientes que estejam criticamente enfermos, alocados em Unidades de Terapia Intensiva. É uma área reconhecida pela Associação Médica Brasileira (AMB) desde 1981 e, por ser bastante recente ainda, tem uma alta demanda de profissionais para atuarem nesse setor.
Por se tratar de uma área bastante delicada, é fundamental que os colaboradores saibam quais são as habilidades essenciais que devem ser trabalhadas para se tornarem profissionais capacitados e conseguirem atuar da melhor forma, prestando um atendimento humanizado e de qualidade. São as principais delas:
Por ser uma área relativamente nova e que lida com os cuidados mais delicados de pacientes, há uma série de pesquisas em desenvolvimento para implementar soluções cada vez mais tecnológicas e eficientes nos cuidados dos pacientes.
O objetivo é promover mais saúde e conforto, com um monitoramento eficiente e diagnósticos precisos, minimizando ao máximo as chances de erros, principalmente em situações de emergência (desordens, paradas respiratórias, choques, entre outras).
Veja algumas das principais tendências para a área e fique atento a essas questões e às novas soluções e tecnologias criadas para elas.
A inteligência artificial é a área responsável por tentar reproduzir o raciocínio humano em máquinas, de forma que elas possam apresentar soluções e realizar operações tal como os seres humanos, porém, com a capacidade de processamento de uma máquina. O resultado é maior agilidade na tomada de decisões complexas e com menos chance de erros.
Por isso, a área de IAM (Inteligência Artificial em Medicina) é uma das mais desenvolvidas nesse quesito, devido à demanda por novas soluções que auxiliem na promoção de melhores cuidados para os pacientes.
A telemedicina, por exemplo, é uma das áreas que cresceu exponencialmente diante dessas possibilidades e permite levar acompanhamento de qualidade para pessoas que estejam longe dos grandes profissionais de determinadas especializações, bem como permite que o médico, mesmo distante, consiga acompanhar os pacientes mais delicados.
Outra tendência é a retirada do caráter frio da UTI, vista como um local extremamente restrito e destinado aos pacientes praticamente em caráter terminal. Hoje em dia, com o avanço da medicina e das tecnologias, mudou-se essa concepção: é possível sim humanizar o ambiente para torná-lo mais confortável para quem está internado no local.
Não se pensa mais em pessoas que estejam sem esperança de recuperação — a UTI é, hoje, um local destinado à recuperação para que pacientes retomem a qualidade de vida de outrora.
Atualmente as visitas são mais flexíveis, pela conscientização do quanto o apoio da família e de amigos auxilia na recuperação do paciente, principalmente por melhorar o seu estado emocional.
Outro ponto importante é que, pelas novas técnicas, não é necessário manter os pacientes entubados sedados todo o tempo, de forma que se torna possível ouvi-los mais e garantir um maior conforto para eles. Isso auxilia até mesmo em uma recuperação mais rápida do paciente.
Um dos principais pontos para atuar nessa área é se dedicar à especialização e atualização constantes. É possível, por exemplo, realizar uma pós-graduação em Medicina Intensiva, que oferecerá os conhecimentos necessários para atuar na área.
Também é possível continuar o aprofundamento dos conhecimentos por meio de cursos de atualização, que oferecerão conhecimentos mais específicos e pontuais, ou introduzir conhecimentos de áreas que sejam importantes para a atuação do profissional nesse setor (como o atendimento humanizado).
Isso é importante para tomadas de decisões mais eficientes e que possibilitem ao profissional atuar com maior precisão e agilidade, promovendo a saúde e o bem-estar dos pacientes internados no local.
Assim, ao optar por trabalhar na área de medicina intensiva, é necessário saber todos os detalhes que permeiam a prática, de forma a se tornar um melhor profissional, conseguindo de fato agir na melhora do paciente e promover o acolhimento necessário para os familiares e para o próprio internado durante sua recuperação.
Quer saber mais sobre as razões pelas quais deve se especializar nessa área? Leia nosso artigo sobre o tema e tire suas dúvidas.
[rock-convert-cta id=”3310″]