De acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva…
Você já ouviu falar sobre gestão financeira para médicos? Sim, os médicos podem — e devem — ter o controle das principais operações financeiras do seu consultório. Quando isso ocorre, as vantagens são inúmeras e oferecem um retorno incrível para o profissional.
A importância vai desde a capacidade de trabalhar com melhores condições tributárias até o maior controle para lidar com imprevistos. Além disso, o profissional tem a possibilidade de pensar sobre investimentos, bem como de oferecer uma melhor infraestrutura e um atendimento de qualidade.
Neste artigo, destacaremos qual o caminho para fazer uma gestão financeira na área médica e quais são as boas práticas. Confira!
A rotina do médico é bastante corrida e exige que o profissional tenha muita atenção à sua atividade. Isso prejudica a administração financeira, o que impede que sejam levadas em consideração duas premissas básicas: o planejamento e a previsão de gastos.
Esse levantamento permite que o médico enxergue com clareza as principais movimentações e inclua todos os custos da clínica, da decoração ao salário dos colaboradores. É um controle preciso e eficiente de todas as necessidades financeiras.
Modificar os padrões de trabalho é uma tarefa difícil nessa área e, geralmente, isso é o que prejudica a gestão de maneira geral. Portanto, antes de iniciar o planejamento, é preciso pensar em uma mudança comportamental.
Sim, o planejamento não vai servir se for iniciado apenas com o pensamento sistemático e protocolado. Esse recurso é dinâmico e cíclico, partindo da visão ampla da situação do consultório até alcançar os planos que devem ser aplicados em curto, médio e longo prazo. O processo é fundamentado em uma análise constante e permite que etapas sejam modificadas no seu decorrer.
Todo planejamento eficiente requer que metas e objetivos sejam traçados de acordo com a realidade do negócio. Na área da saúde, não é diferente. A partir da coleta de dados e de estudos das demandas financeiras, é possível desenhar quais caminhos seguir.
Ter clareza nas metas é fundamental para saber aonde o consultório quer chegar. Não adianta pensar em avançar muito se a sua clínica ainda enfrenta detalhes a serem resolvidos. Portanto, ao definir objetivos no seu planejamento, é necessário levar em consideração o retorno adequado pelo seu trabalho.
Observe as principais necessidades e comece a pensar nos objetivos a partir delas. É mais fácil colocar como metas as pendências e os problemas existentes na clínica do que criar algo que ainda não existe. Pode parecer irrelevante, mas a organização é um desafio para muitos gestores.
Não existe nada mais desagradável do que ser surpreendido, não é verdade? Ainda mais quando se trata de gastar mais do que o previsto. Isso pode acontecer quando o gestor deixa de lado o sistema de tributação do seu consultório.
A situação é que um consultório pode ou não estar inserido em uma modalidade de impostos, geralmente, médicos recém-formados não se atentam a isso. Assim, o ideal é estudar os regimes adotados e seu recolhimento para, então, não cometer o mesmo erro.
Seu consultório pode ser aberto como Pessoa Física (PF) e, nesse caso, será tributado pelo Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), além de ser necessário elaborar o Livro de Caixa, ferramenta para registro de todos os pagamentos e recebimentos.
Ao optar pelo formato de empresa, no entanto, dependendo do tipo definido, você poderá escolher pelo Lucro Presumido, pelo Lucro Real ou pelo Simples Nacional.
De maneira geral, é importante ter em mente os principais tipos de impostos mais comuns em clínicas. São eles: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Programa de Integração Social (PIS) e INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Essa ferramenta diz respeito, basicamente, às anotações de todas as transações financeiras feitas na clínica. Funciona como um rígido regime de controle, de modo que você enxerga onde e quanto entra e sai de recursos no seu consultório, em transações grandes ou pequenas.
Você pode fazer isso treinando sua secretária para aplicá-lo de duas formas: manual ou digitalmente.
Na primeira, você pode usar um Livro de Caixa, registrando, no papel, todas as movimentações financeiras ao longo do mês. O problema dessa opção é que, dificilmente, você conseguirá elaborar gráficos ou emitir relatórios precisos, além de ser um trabalho repetitivo que requer bastante esforço operacional.
Por outro lado, no fluxo de caixa digital, seu controle é mais eficiente. Por meio das planilhas do Excel ou de softwares para clínicas, os registros se tornam mais dinâmicos, e os dados são armazenados em um só local. Além de otimizar toda a estrutura de trabalho, o fluxo se torna parte dos seus processos e incorpora-se à rotina do consultório, deixando de ser uma função a mais.
Um dos maiores desafios para conquistar a saúde financeira é separar as contas pessoais das contas do consultório. Isso mesmo! Você precisa entender o que é receita ou despesa e quanto pode retirar de rendimento para uso pessoal.
A confusão em relação ao que é pessoal e ao que é da clínica se dá pelo fato de que muitos médicos não enxergam o seu consultório como empresa, apenas como um local para exercer a profissão.
No entanto, mesmo que o consultório tenha sido aberto como pessoa física e não como pessoa jurídica, fazer essa distinção proporciona mais estabilidade e tranquilidade para a sua saúde financeira.
Um exemplo prático de como fazer isso é não colocar em débito automático as despesas da clínica em uma conta pessoal, não usar o cartão de crédito pessoal para contas da empresa e não pagar contas pessoais com o dinheiro do consultório. Não se esqueça das assinaturas de revistas, pois elas são de responsabilidade da clínica.
A adoção de um sistema de controle financeiro é um diferencial para tornar o seu consultório bem-sucedido e reverberar na qualidade do trabalho e no atendimento que é oferecido. Além disso, a administração financeira está diretamente ligada à sua permanência ou não no mercado. Portanto, comece já a sua!
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