Hoje em dia, é difícil imaginar uma vida sem o uso de aplicativos. Eles estão…
A desfibrilação é um procedimento padrão em ambulâncias e hospitais, especialmente no caso de pacientes com parada cardíaca.
No entanto, o uso de um DEA já no local do incidente, em ambientes não hospitalares, pode dobrar as chances de sobrevivência.
Por isso, desde 2005, é lei a utilização de DEA em eventos onde circulem mais de 1500 pessoas, bem como é recomendado o uso em determinados estabelecimentos.
Além disso, é importantíssima a capacitação de socorristas, enfermeiros ou não, aptos a utilizá-lo.
Pensando nisso, elaboramos este post para que você esteja preparado em caso de precisar manusear um, com um passo a passo das etapas da operação e orientações sobre casos especiais. Acompanhe!
De maneira geral, um desfibrilador é um aparelho gerador de energia elétrica de tensão regulável, utilizado para conter episódios de fibrilação cardíaca, ou seja, dificuldades de contração.
Existem diversos tipos de desfibriladores, entre eles o DEA — Desfibrilador Externo Automático. Trata-se de um equipamento portátil e de funcionamento mais simples do que o desfibrilador clássico, por exemplo, utilizado em hospitais por profissionais treinados, como a equipe de enfermagem. O DEA pode ser utilizado até mesmo em crianças, a partir de um ano de idade.
A desfibrilação é indicada nos casos de parada cardiorrespiratória, com risco de morte, mas também no diagnóstico e tratamento de arritmias malignas, fibrilação atrial ou ventricular e taquicardia.
O coração fibrila quando os estímulos elétricos que regem os batimentos cardíacos se desorganizam, causando uma arritmia — quando não há sincronização na contração do músculo cardíaco.
Embora as paradas cardíacas sejam mais frequentes a partir dos 60 anos, acometem também adultos acima dos 40 anos e podem acontecer com jovens a partir dos 18.
A PCR mata milhares de pessoas por ano, mais do que o câncer, independentemente de terem problemas cardíacos.
Nesse sentido, ter um DEA disponível próximo ao local do incidente pode dobrar as chances de sobrevivência, salvando muitas vidas.
Por isso, é recomendado ter um desses em locais públicos ou com grande aglomeração de pessoas, como hotéis, eventos, shoppings, aeroportos, grandes empresas e outros.
Além de ter o equipamento disponível, é primordial a presença de socorristas que saibam manusear o aparelho. Para operar o DEA basta seguir os seguintes passos:
Antes mesmo de utilizar o equipamento, a primeira etapa deve ser a realização de massagem cardíaca. O ideal, caso não esteja sozinho, é que alguém proceda essa etapa enquanto outra pessoa prepara o equipamento.
A massagem é muito importante, especialmente quando não se sabe há quanto tempo a vítima está inconsciente. Intercale compressões no peito com respirações boca a boca.
Quando o aparelho estiver a postos, verifique se o peito da vítima está seco.
Após ligar o aparelho, escute atentamente as instruções que serão transmitidas pelo próprio equipamento.
Assim que for dada essa orientação, é hora de colocar os eletrodos — em geral, adesivos em coxim — no tórax do paciente. Os aparelhos costumam ter um desenho ilustrando a posição:
O posicionamento correto é fundamental para que a descarga elétrica atinja mais fibras cardíacas, causando uma pane no coração e ele volte a bater de forma organizada.
Nesse momento, a instrução dada será para conectar o cabo do DEA na luz indicativa. Em seguida, o aparelho irá fazer uma análise do ritmo cardíaco.
Após analisar, será indicado se é necessário aplicar o choque ou não. Caso a indicação não seja pelo choque, deve-se continuar com as compressões até a chegada do socorro.
Nesse caso, significa que o paciente está em parada cardíaca por assistolia ou AESP (Atividade Elétrica Sem Pulso).
No caso de decisão pela aplicação do choque, solicite aos presentes que se afastem, não podendo haver ninguém próximo e, principalmente, em contato com o paciente ou com o aparelho.
Pressione o botão de choque para deflagrar a descarga.
Comece imediatamente a massagem cardíaca estimulando a sístole e diástole fisiológica.
O aparelho deflagra um choque por vez, a cada dois minutos ele faz uma nova análise e aponta o próximo passo.
Atenção! O DEA não deve ser removido, os eletrodos devem ser mantidos no tórax do paciente até o atendimento médico.
Embora a utilização do aparelho seja simples, alguns casos especiais necessitam medidas específicas. Confira!
Se o paciente tiver muitos pelos no tórax, a aderência dos eletrodos na pele será prejudicada, impedindo a análise do ritmo e o choque.
Por isso, se for esse o caso, é necessário raspar o peito da vítima antes do procedimento.
Os implantes de marca-passo podem interferir na corrente elétrica do DEA, por isso não devemos colar os eletrodos em cima deles.
Assim como marca-passo e os pelos, qualquer medicamento adesivo, como os de nicotina ou anticoncepcional, pode interferir, devendo ser removido.
Além disso, acessórios de metal, como pulseiras médicas, aros metálicos de sutiãs e joias também devem ser retirados.
Os aparelhos têm eletrodos específicos para crianças, além de um botão de seleção de idade ou atenuador de carga.
Até os 8 anos, esses recursos devem ser utilizados; a partir dessa idade, o paciente é considerado como um adulto para o atendimento em relação à desfibrilação.
Para os profissionais de enfermagem, a atualização é um grande diferencial.
Por isso, independentemente da área de atuação e da especialização escolhida, é importante que o enfermeiro busque informações sobre novas tecnologias e equipamentos.
O correto manuseio de um Desfibrilador Externo Automático pode salvar uma vida, caso você esteja no local certo na hora exata.
O DEA (Desfibrilador Externo Automático) é uma ferramenta importante para o tratamento de paradas cardíacas súbitas, onde o coração entra em um ritmo anormal e potencialmente fatal conhecido como fibrilação ventricular.
No entanto, existem situações em que o uso do DEA pode não ser apropriado ou eficaz.
Aqui estão algumas circunstâncias em que o DEA não deve ser usado:
Lembrando que o uso correto do DEA requer treinamento adequado em RCP e operação do dispositivo.
Se você se deparar com uma situação de emergência cardíaca, é sempre aconselhável seguir as orientações das autoridades de saúde, bombeiros, paramédicos ou profissionais médicos presentes no local.
Agora que você já aprendeu a usar corretamente o DEA, que tal ler este artigo sobre a transformação digital na saúde. Vamos lá?