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Conciliar a vida pessoal e profissional, para um médico, é o mesmo que lidar com uma situação clínica complexa diante das inúmeras possibilidades de diagnóstico, intervenção e prognóstico para o paciente e sua família.
Além disso, é sabido que o equilíbrio emocional é parte fundamental para a tomada de decisões clínicas, a fim de evitar erros médicos, principalmente quando envolvem riscos de sequelas graves ou morte do indivíduo. Diante disso, é fundamental considerar os aspectos de saúde mental desses profissionais.
Pensando nisso, elaboramos algumas orientações para ajudar os médicos a integrarem a prática da medicina às atividades prazerosas e relaxantes que os fortalecerão para essa incrível e complexa responsabilidade. Acompanhe conosco!
Não basta apenas estudar os livros sobre Medicina e seus diversos pormenores. É importante manter os conhecimentos constantemente atualizados sobre procedimentos menos intervencionistas, novas estratégias medicamentosas, entre outros.
Alguns médicos também necessitam desenvolver habilidades gerenciais para assumir a diretoria clínica em suas especialidades, avaliar os profissionais que estão na modalidade de residência e acompanhar os indicadores de desempenho das instituições hospitalares.
Há, ainda, profissionais que demandam discussões de casos clínicos com outros especialistas e que devem tomar decisões em caráter de urgência, além de integrar suas ações com os demais profissionais de saúde.
Eles também sofrem com as limitações da prática clínica, das condições socioeconômicas do paciente, da finitude da vida e da inutilidade dos esforços diante de uma condição de saúde intratável.
Outro ponto fundamental nesse processo é a maneira de lidar com os diversos tipos de pacientes e seus familiares de forma humanizada, por exemplo, abordando a situação para todos de forma objetiva e condizente com as expectativas clínicas.
Toda essa complexidade da profissão médica, independentemente da especialização ou do ambiente de trabalho, gera uma sobrecarga emocional grande somada às horas ininterruptas de plantão noturno e diurno.
O problema se instala quando muitos se diagnosticam inconscientemente com transtornos depressivos e ansiosos, fazem uso de medicamentos psicotrópicos — devido à facilidade de acesso — e não tratam adequadamente o sintoma.
Soma-se a isso o fato de assumirem essas questões como uma fraqueza e, com isso, evitarem o tratamento quando a situação já está insustentável. Felizmente, existem estratégias para prevenir ou controlar esses problemas, até mesmo, com o uso de medicamentos corretamente prescritos por profissionais clínicos especialistas..
Conciliar a vida pessoal e profissional é desafiador, porém necessário. Os médicos devem prezar pela saúde mental para não comprometerem seus atos em momentos em que são requeridos.
Para isso, é essencial que os médicos tornem os momentos fora do ambiente de trabalho exclusivos, estejam comprometidos com a família e os amigos e absorvam a positividade dessa interação.
Posteriormente, é também fundamental que escolham estratégias que possam ser implantadas, ainda que gradativamente, e que observem a mudança de comportamento ao longo do tempo.
Acompanhe conosco, a seguir, algumas dicas.
Descansar física e mentalmente é tão importante quanto necessário. Enquanto alguns profissionais fazem isso diante da televisão, outros optam pela leitura de livros em ambientes calmos e tranquilos.
Existem, ainda, aqueles que preferem algo mais excitante, como a prática de danças individuais ou coletivas, exercícios físicos intensos — como corrida, natação e futebol — ou o agito das baladas noturnas.
O importante é descobrir as atividades que causam prazer e satisfação, que promovem descanso e que não estão diretamente relacionadas à Medicina para que o processo seja direcionado à melhoria da qualidade de vida.
Considera-se qualidade de vida como uma percepção da situação do indivíduo em relação à sua satisfação pessoal, profissional e amorosa, mesmo diante das dificuldades que se apresentam constantemente.
Os jogos de videogame e computador estão cada dia mais interessantes, instigantes e motivadores para quem gosta dessa diversão. Sendo assim, combinar uma partida de jogo virtual pode ser uma atividade prazerosa para os amantes da prática.
No entanto, é preciso estabelecer limites de tempo para não causar dependência e desenvolver outros distúrbios relacionados ao uso constante da tecnologia. Nesse sentido, aqueles profissionais que estão mais propensos a esses sintomas devem optar por outros métodos relaxantes.
Outros passatempos viabilizados pela tecnologia são os jogos instalados no celular, que podem ser acionados nos períodos em que o profissional clínico deseja algo para relaxar sem precisar de muitos recursos.
Novamente, ressalta-se que o uso deve ser esporádico e controlado, de modo a evitar permanecer nessa atividade no período noturno, pois isso pode retardar o sono e comprometer as atividades clínicas no dia seguinte.
O raciocínio clínico é feito mediante o estabelecimento de metas terapêuticas, a avaliação do estado de saúde do paciente e as mudanças de intervenções conforme a evolução e o prognóstico do indivíduo.
Para conciliar a vida pessoal e profissional, é fundamental estabelecer objetivos da mesma forma que se formaliza o raciocínio clínico, para não desenvolver demasiadamente uma delas e prejudicar a convivência com a família e os amigos de longa data.
Sendo assim, os profissionais devem se organizar para desenvolver metas plausíveis de serem executadas a fim de gerar um sentimento de dever cumprido também no aspecto pessoal, prezando pela interação com as pessoas.
Uma das maneiras de conseguir esse feito é propondo um tempo para a execução das tarefas, considerando que cada conquista profissional seja sucedida da comemoração desse sucesso. Ou seja, se uma cirurgia foi bem conduzida, o profissional tem como meta sair para jantar com seu cônjuge ou com amigos.
Caso a tão sonhada aprovação na especialidade pretendida chegue, o médico pode se dar de presente uma viagem com a família e com os amigos para um destino previamente acordado com todos os envolvidos.
Também é possível se organizar para não adiar férias já programadas a fim de evitar o desgaste físico e emocional e para que o profissional aprenda a dizer “não” para situações abusivas no ambiente de trabalho como forma de amadurecimento ao longo dos anos.
Saber como conciliar a vida pessoal e profissional é uma tarefa essencial para todo profissional de saúde. Isso porque é uma maneira para que o médico extravase, relaxe e divirta-se para suportar os desafios da profissão, tanto em relação à cobrança por conhecimentos quanto em relação às interações interpessoais e multiprofissionais que consomem gradativamente a sanidade mental dos profissionais.
Dessa forma, é fundamental buscar por atividades prazerosas e relaxantes para conciliá-las com as responsabilidades médicas.
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