Vivemos um momento único na história médica brasileira: apenas entre 2013 e 2018, elevamos em mais de 20% nosso número total de médicos — com tendência a aumentar nos próximos anos. Com o mercado se tornando cada vez mais competitivo, as filas dos consultórios podem começar a esvaziar. Este é o momento perfeito para refletir sobre sua carreira médica.
Se você sente que seu caminho profissional estagnou, este artigo é para você. Nele, faremos um panorama sobre a situação atual da Medicina no Brasil e explicaremos como é possível fugir da inércia profissional. Continue lendo para saber mais.
A Medicina é uma área relativamente cobiçada no Brasil por diversas razões — que variam desde a compensação salarial até o prestígio da categoria. Nas últimas décadas, vivenciamos uma abertura crescente de faculdades de Medicina e de vagas de graduação.
Os motivos desse crescimento são vários e extrapolam os objetivos deste artigo. No entanto, o Conselho Federal de Medicina (CFM) tem adotado uma postura rígida contra a abertura de novas faculdades: em 2018, com a Portaria nº 328, ele suspendeu os editais para novos cursos de Medicina no país por 5 anos.
Embora essa paralisação temporária desacelere a popularização da profissão, seus efeitos só serão sentidos em 2024 — 6 anos após a portaria, tempo suficiente para que os ingressos de 2018 formem na graduação. Por isso, podemos dizer que ainda vivemos em um período de expansão de médicos no país.
Para os brasileiros que já praticam a Medicina, esses são dados preocupantes — agora, é ainda mais importante se destacar em meio à concorrência para alavancar a carreira e garantir um lugar de destaque no mercado.
Felizmente, no entanto, os programas de pós-graduação têm acompanhado as tendências de crescimento da Medicina. Para termos uma noção, os alunos nesses cursos aumentaram 74% em 4 anos. Isso nos demonstra como, em todas as áreas do conhecimento, tem havido uma demanda crescente por maior especialização e por capacitação. Na Medicina, não é diferente.
A carreira médica, por si só, já demanda um longo percurso: além do período de estudo antes da faculdade, a própria graduação consome, no mínimo, 6 anos em tempo integral. Para quem passa por uma residência, podemos adicionar de 2 a 6 anos nessa conta.
Por isso, alguns profissionais podem encarar com ceticismo a busca por uma especialização. Além disso, uma residência médica — modalidade de pós-graduação mais popular — é ainda mais desgastante do que a graduação. Com frequência, ela requisita mais de 60 horas semanais, com uma bolsa desproporcional ao volume de trabalho.
No entanto, é importante recordar que a residência é apenas um dos tipos de especialização médica. É possível, também, realizar uma titulação lato sensu, que é conhecida popularmente apenas como especialização.
Nessa modalidade, a carga horária é muito menor do que a de uma residência, que frequentemente ultrapassa 6.000 horas. Uma especialidade pode ser feita, portanto, aos finais de semana, ou em regime intensivo teórico. Geralmente, sua carga horária é de menos de 1.000 horas.
A especialização, se realizada isoladamente, não confere ao médico o título de especialista em determinada área. Um psiquiatra, por exemplo, só pode ser considerado como tal se tiver finalizado a residência em psiquiatria — ou feito a prova de título de especialista. Portanto, a especialização é considerada uma forma de aprimoramento mais teórico, voltado para a área acadêmica.
Essa é uma pergunta crucial a qualquer médico, dada as disparidades entre as diferentes áreas da Medicina — um patologista, por exemplo, tem uma rotina completamente diferente da rotina de um pediatra. Além disso, ainda há grande disparidade de compensação salarial entre diferentes especialidades médicas, o que se reflete na competitividade dos programas de especialização.
O primeiro passo para escolher a especialização é definir quais são as suas prioridades. Para alguns, é mais importante conseguir o título de especialista na área desejada, não importa onde. Para outros, é preferível se manter em sua cidade natal, onde pode conciliar o tempo da especialidade com a dedicação familiar.
Em segundo lugar, é preciso conhecer o percurso para se atingir o objetivo determinado. Quem quer ser um cardiologista, por exemplo, deve passar pela residência em clínica médica e, depois, prestar outro processo seletivo para a cardiologia. Quem deseja atuar com auditorias médicas, por outro lado, deve seguir o caminho da especialização, visto que não há residência nessa área.
Finalmente, é preciso definir a instituição onde se deseja atuar. Mais uma vez, essa escolha depende das prioridades individuais de cada um, variando desde o prestígio da instituição até sua localização.
No caso das especializações, é fundamental escolher um local de renome. Por serem cursos mais teóricos, eles demandam um corpo docente altamente especializado e didático. Além disso, as especializações não oferecem bolsas, diferentemente das residências; se você optar por um instituto privado, é bom conhecê-lo bem antes de fazer o investimento.
Embora não ofereça o título de especialista, a especialização tem algumas vantagens em relação à residência. Como seu caráter é mais teórico, você tem uma oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre determinada área, tornando-se ainda mais apto a exercê-la. Além disso, como exemplificamos com a auditoria médica, algumas áreas só estão disponíveis via especialização.
Ademais, as especializações geralmente são realizadas durante os finais de semana, dando possibilidade de conciliá-las com o seu trabalho atual. A escolha é especialmente ideal para os médicos que acabaram de se formar, mas, por qualquer motivo, não ingressaram na residência médica.
Se você já está cogitando uma especialização, podemos ajudá-lo. O CEEN Medicina é um centro de estudos fundado em 2001, localizado na capital goiana. Acreditamos fielmente na educação continuada da Medicina e oferecemos os principais cursos de pós-graduação de Goiás. Contamos com uma equipe docente especializada e experiente, que está pronta para oferecer a melhor pós-graduação.
A carreira médica é uma jornada extensa, que começa no vestibular, mas não tem data para acabar. A educação continuada é uma das principais aliadas contra a estagnação, mantendo o profissional atualizado, em alta no mercado e satisfeito com a profissão.
E então, você está preparado para perseguir seus objetivos profissionais? Se a resposta for sim, entre em contato conosco! Estamos ansiosos para conhecê-lo melhor e auxiliá-lo na sua caminhada acadêmica.