5 ações de enfermagem na prevenção de infecções hospitalares

As infecções hospitalares são problemas desafiadores na saúde. Ao aumentar significativamente a taxa de mortalidade nos hospitais, elas dificultam o trabalho da equipe e trazem grande risco à saúde, tanto dos pacientes quanto dos enfermeiros e médicos locais.

De acordo com um relatório redigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nos países de baixa e média renda, o número estimado de infecções hospitalares (IH) é 10%, alternando entre alto, médio e baixo risco. Por isso, é fundamental investir em práticas funcionais para aprimorar o controle e reduzir as taxas.

Foi pensando nisso que desenvolvemos este artigo com ações imprescindíveis que um enfermeiro deve realizar para prevenir as IH. Boa leitura!

1. Lave as mãos com frequência

O quadro de infecção hospitalar é caracterizado pela invasão de microrganismos estranhos e maléficos no corpo de um paciente internado, normalmente durante uma intervenção de risco, como as cirurgias.

Esses microrganismos podem ser levados ao ambiente hospitalar de diversas formas, sendo a mais comum por outros pacientes com doenças mais graves. Acontece que, muitas vezes, a equipe não está preparada para receber alguém com patologias avançadas, falhando no processo de higienização e isolamento e, com isso, favorecendo a transmissão dos agentes infecciosos.

Justamente por isso, investir nos hábitos primários de higienização, como a limpeza correta das mãos, é uma etapa fundamental para evitar a transmissão de infecções sérias e problemáticas.

Lembre-se de que as mãos são as ferramentas mais importantes dos profissionais de saúde, sobretudo nas clínicas e hospitais. Dessa forma, a qualidade do serviço e a segurança da equipe e do paciente depende, diretamente, da sua limpeza frequente.

Para tal, aplique a solução de sabonete degermante e alcoólico antes de cada procedimento, para evitar a instalação de microrganismos indesejados. E mais, sempre coloque as luvas com cuidado e atenção para garantir o máximo de proteção, ficando atento caso algum membro da sua equipe esqueça a higienização.

2. Realize precauções de contato

Assim como as medidas primárias são importantes, investir nas precauções de contato é outra forma altamente eficaz para garantir que as infecções hospitalares diminuam. Nesse caso, a ação deve ser realizada para todos os pacientes, tanto em isolamento quanto nos quartos.

Aqui, o importante é utilizar luvas, aventais, máscaras e jalecos bem higienizados, evitando o transporte de pacientes durante as internações. Ainda, os equipamentos não podem ser compartilhados, isto é, cada enfermeiro deve ter uso exclusivo das suas roupas.

Além disso, faz parte das precauções de contato a prevenção de transmissão por gotículas — expelidas pela fala, respiração, tosse e aspiração em uma distância de um metro — na aproximação constante com o paciente. Dessa forma, os enfermeiros devem usar máscaras PFF2 (Peça Facial Filtrante II) ao chegar perto de pacientes com quadros mais graves.

Outra ação imprescindível é o isolamento de enfermos que apresentam situações mais complicadas durante a internação. Nesses casos, o ideal é transferi-los com cuidado para um quarto privado com um sistema de ventilação por pressão negativa, assim como manter a porta sempre fechada e utilizar máscaras comuns ao entrar no ambiente.

3. Utilize as roupas certas

Nós já comentamos sobre a importância de utilizar luvas para diminuir a taxa de infecções, você lembra? O uso correto das roupas hospitalares também faz parte das precauções e devem ser adotadas em quaisquer estabelecimentos de saúde para garantir a segurança de todos.

Dessa forma, investir no uso de equipamentos individuais, como máscaras, luvas, escudo facial, óculos protetores, gorro e jaleco diminui a chance da transmissão por contato e facilita a higienização no dia a dia.

Lembre-se, inclusive, de deixar as roupas no hamper ao final do dia, evitando a lavagem em casa. Isso não só facilita o controle de higienização local, como impede a propagação de doenças na sua residência.

4. Siga os protocolos de limpeza local

Cada local hospitalar tem um protocolo de limpeza específico, desenvolvido para oferecer segurança aos pacientes e à equipe. Atualmente, todo profissional ativo deve seguir os padrões éticos e técnicos para garantir que o controle das IH seja efetivo.

Por isso, esteja atento às regras de higienização, às ações padronizadas do seu ambiente de trabalho e às orientações dos gestores de saúde. Assim, você garante um bom trabalho, favorecendo o aumento dos níveis de qualidade de serviço.

Agora, se na sua unidade não existe um protocolo bem estabelecido, o ideal é conversar com o gestor ou diretor para definir novas estratégias de higienização e limpeza, tanto da equipe quanto dos materiais.

5. Esterilize os materiais a cada uso

Assim como a lavagem das mãos é um ato imprescindível, a esterilização dos materiais complementa a sua ação. Afinal, pouco adianta limpar bem as mãos e deixar de lado todos os equipamentos que serão utilizados durante a intervenção, por menor que ela seja.

Atualmente, todos os estabelecimentos de saúde precisam ter um Centro de Materiais e Esterilização (CME), responsável pelo acompanhamento dos procedimentos cirúrgicos para garantir qualidade das técnicas invasivas e dos cuidados pós-cirúrgicos.

Assim, o CME aumenta a prevenção de IH ao realizar as técnicas de esterilização, desenvolvendo um trabalho aguçado da equipe de enfermagem e elevando a qualidade hospitalar.

Para isso, o indicado é secar bem o material após a limpeza, por meio de um pano branco limpo e sem fiapos, para permitir a visualização de possíveis resquícios. Ainda, se o hospital tiver disponibilidade, é possível utilizar ar comprimido para potencializar a higienização e, em seguida, álcool éter e benzina a fim de eliminar os microrganismos indesejados.

Com todas essas etapas cumpridas, o CME é responsável pela organização e embalagem dos materiais, realizando outra inspeção para garantir que cada artigo esteja íntegro, funcional e pronto para ser utilizado na próxima intervenção.

As embalagens também devem ser feitas corretamente a fim de garantir o bom uso futuro. Para isso, todas precisam apresentar a identificação do equipamento, a data de embalagem e o respectivo profissional, assim como fornecer abertura fácil no dia de uso.

Você percebe como as ações na prevenção de infecções hospitalares são extremamente importantes no dia a dia do enfermeiro? Afinal, são elas que evitam a propagação de microrganismos resistentes e maléficos, garantindo a boa saúde de todos e a qualidade do serviço.

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