Os cuidados de enfermagem ao paciente traqueostomizado devem ser intensos, com o intuito de evitar…
A atuação da enfermagem na CME (Central de Material e Esterilização) é de suma importância aos ambientes clínicos. Isso porque, além de oferecer tratamento adequado a cada artigo que chega ao setor, contribui diretamente para a segurança do paciente.
Portanto, é essencial conhecer os tratamentos para cada material envolvido, coordenar os integrantes desse departamento, avaliar a qualidade das atividades executadas e prever alterações que possam comprometer o serviço.
O enfermeiro também deve se atualizar constantemente sobre as novas formas de contaminação microbiológica, provenientes de fluidos corporais e agentes químicos que possam adentrar no ambiente hospitalar. Quer saber mais sobre a atuação da enfermagem na CME? Então, continue a leitura!
Trata-se de um serviço de suma importância no contexto do ambiente hospitalar, pois é o local em que os materiais médicos são processados e tratados para a reutilização em outras ocasiões.
Os produtos médicos são aqueles classificados em: artigos críticos, semicríticos e não críticos. Os que se enquadram na primeira categoria foram expostos a tecidos estéreis ou como sistema vascular do paciente, portanto têm maior potencial de virulência.
Já os artigos semicríticos estiveram anteriormente expostos à pele não intacta ou com mucosas íntegras (como a respiratória), a artigos usados na endoscopia ou a outros produtos que serão avaliados pelo enfermeiro.
Os produtos médico-hospitalares considerados não críticos entram em contato apenas com a pele íntegra do paciente. Portanto, oferecem menos riscos de exposição à pessoa atendida e aos funcionários que necessitam deles para dar assistência.
Conforme essa classificação, tais itens receberam um tratamento diferenciado, pois para alguns existe uma maior probabilidade de estarem incrustados de micro-organismos patogênicos e até mesmo na forma esporulada.
Outro ponto fundamental da atuação da enfermagem na CME é desenvolver um fluxo racional de entrada e saída dos produtos de forma que não haja encontro físico entre itens já processados e aqueles nos quais o processo não foi iniciado. Isso porque pode ocorrer uma maior possibilidade de contaminação.
Sem contar que a CME deve ter uma localização próxima dos ambientes que mais necessitam. Os blocos cirúrgicos e obstétricos que realizam cirurgias de forma constante, principalmente nos serviços de urgência/emergência, são alguns dos exemplos.
A atuação da enfermagem na CME se dá prioritariamente com a presença destes profissionais como responsáveis técnicos pelo serviço. Sendo assim, é fundamental que o enfermeiro desenvolva habilidades técnicas, gerenciais e humanísticas para lidar com tamanha complexidade.
Para tanto, é aconselhável que o enfermeiro tenha embasamento teórico sobre os diferentes tipos de processamento de produtos, quais são as substâncias mais indicadas para cada tarefa e como avaliar a efetividade das ações.
Por isso, selecionamos abaixo algumas atividades de grande relevância sobre a atuação da enfermagem na CME. Confira!
Inicialmente, é aconselhável que o profissional da enfermagem:
Em seguida, é importante que o gestor do serviço faça um planejamento visando à melhor efetividade das ações. No caso, trata-se da garantia de um processamento adequado dos produtos enviados ao setor.
Também é crucial que o enfermeiro coordene as atividades do departamento por meio da supervisão de seus funcionários, da identificação dos indicadores biológicos ou químicos inseridos no processo e da eficiência do serviço.
Outro ponto de responsabilidade do profissional é a execução das atividades gerenciais relacionadas à área, a exemplo do levantamento de não conformidades e alterações de rotina mediante discussão dos setores solicitantes.
O equipamento de proteção individual (EPI) é uma estratégia de contenção de contaminação mediante a exposição de artigos contendo fluidos corporais e sangue do paciente proveniente dos setores.
Cada componente do EPI tem sua função, incluindo a proteção tanto contra partículas contaminadas de aerossóis (máscara) quanto no manuseio do artigo (luva) ou na prevenção de respingos em outros locais da roupa do funcionário (jaleco).
Nas outras área da CME, o uso de EPI se relaciona à prevenção de contaminação nos artigos que já passaram pelo processo de desinfecção de médio ou alto nível, bem como de esterilização.
Portanto, cabe ao enfermeiro a fiscalização do uso correto dos EPIs em todos os ambientes da CME, tanto como método de prevenção quanto para cumprir as exigências legais preconizadas pela legislação.
As áreas da CME devem ser divididas em expurgo, preparo e montagem do material. Cada uma delas tem características e rotinas diversas, que demandam domínio das atividades e relevância ao executá-las.
No expurgo, são armazenados os materiais médicos recém-chegados, que ainda não passaram por nenhum processamento, devendo ter local próprio e isolado das demais áreas limpas da CME. Nesse ambiente, é adotada a lavadora ultrassônica para otimizar a limpeza dos artigos, adicionada de uma solução desincrostante para ajudar no desprendimento da sujeira.
Já no espaço denominado preparo, é realizado o acondicionamento dos materiais em invólucros específicos e caixas que serão enviadas para a desinfecção ou esterilização (conforme a classificação dos artigos).
Na fase de montagem, por sua vez, ocorrerá a separação dos itens já processados para os setores solicitantes, como o bloco cirúrgico e obstétrico ou a unidade de terapia intensiva adulta e pediátrica.
Nesse sentido, são montados kits para cirurgias com os principais materiais usados nos procedimentos invasivos, na quantidade e do tipo de material determinado por médicos cirurgiões, fisioterapeutas ou enfermeiros.
Sabendo dessa complexidade, o enfermeiro deve atuar para monitorar todas as áreas conforme a jornada de trabalho e evitar atrasos que possam comprometer o fluxo. Para tanto, é preciso criar barreiras de proteção que previnam a contaminação durante esses procedimentos.
A rotina de uma CME é bastante complexa e exige atuação frequente do enfermeiro em todas as etapas. Nesse contexto, ele trabalha com indicadores biológicos que identificam contaminações nos processos.
Outro ponto fundamental é a qualificação das rotinas, principalmente aquelas que envolvem a solicitação, entrega e conferência dos itens. Trata-se de algo que depende de outros profissionais.
Nesse sentido, o enfermeiro deve levantar as causas para a inefetividade, apontar sugestões de melhorias e entrar em acordo com os supervisores de outros setores. Juntos, eles precisam traçar a opção mais racional.
A atuação da enfermagem na CME é complexa e demanda por profissionais cada vez mais preparados para lidar com essas atividades. Portanto, é fundamental que o enfermeiro tenha embasamento teórico, saiba trabalhar em equipe e busque sempre por melhorias nos serviços.
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