Uma das dúvidas mais comuns de nossos leitores está relacionada com a diferença entre médicos especialistas e médicos generalistas.
Apesar de soar algo óbvio pelo nome, muitas pessoas não têm dimensão das reais especificidades dessas duas formas de atuação, bem como da complementariedade dos trabalhos de ambas as áreas.
Para tirar suas dúvidas, continue lendo nosso artigo e entenda as funções de cada um deles e como seus trabalhos são essenciais um para o outro e para a saúde dos pacientes.
O médico generalista é aquele que possui especialização em Clínica Geral ou em Saúde da Família. Em alguns casos, ele até pode não ter nenhuma especialização, atuando apenas com o diploma de medicina e o registro no Conselho Regional de Medicina.
Nesse contexto, ele tem capacidade de realizar diagnósticos e indicar cuidados mais generalistas, avaliando o paciente de forma mais integral e sem observar uma área específica.
O médico especialista, como o próprio nome já sugere, é aquele que realizou curso de especialização ou residência médica em uma área específica e, portanto, possui expertise em um determinado ramo da medicina.
Alguns exemplos de áreas de especialização são:
Um médico especialista é capaz de atender pacientes com problemas nas áreas em que se especializou.
Nesse sentido, ele consegue diagnosticar as diversas doenças que podem se apresentar nessas situações e indicar os melhores tratamentos para os problemas apresentados, bem como recomendar medidas protetivas para evitar que as doenças se manifestem.
O médico generalista é aquele que pode atender em plantões para identificação de doenças simples, sem ter o conhecimento especializado para tratar e diagnosticar com precisão alguns tipos de problemas.
Ele cumpre um papel importante principalmente para a medicina familiar em regiões carentes, dedicando-se ao cuidado integral da pessoa mesmo com a ação de outros médicos especialistas.
Normalmente, são especializados em Saúde da Família e atuam junto ao SUS em lugares mais simples. Também costumam atuar nos plantões de prontos-socorros, em salas de parto ou prestando atendimento em CTI.
Já o especialista atua em uma determinada área específica, na Clínica Médica ou na Medicina Interna. Como falamos, são os profissionais que, após a formação básica, dedicam-se a uma especialização ou residência e podem atuar em campos específicos, como cardiologia, psiquiatria, neurologia, ginecologia, urologia, entre outros.
A especialização é relevante, pois há pormenores das respectivas áreas que um generalista não alcança apreender. Um clínico geral, por exemplo, não consegue saber todas as doenças da área de neurologia que podem apresentar os mesmos sintomas e realizar um diagnóstico preciso.
Além disso, ele também não domina todos os tratamentos específicos para síndromes e problemas específicos de uma determinada área. Como o próprio nome sugere, ele possui um conhecimento geral e amplo sobre a medicina e as mais diversas áreas, não sendo possível avaliar alguns pormenores de cada uma. Essa função compete ao médico especialista.
Ir direto a um especialista pode atrasar o diagnóstico, já que alguns sintomas podem caminhar entre as áreas. Por exemplo, uma dor de cabeça constante pode ser proveniente de problemas relacionados com neurologia, psiquiatria ou oftalmologia.
Se o paciente não tem dimensão disso, a tendência dele é procurar cada um dos especialistas em separado, atrasando a realização do diagnóstico final. Em alguns casos, essa demora pode ser crucial para a resolução de um problema (o diagnóstico de um câncer, por exemplo).
Por isso a importância do generalista. O clínico geral tem expertise para identificar se as tendências de determinado sintoma (por exemplo, cefaleia crônica) estão mais correlacionadas com alguma especialidade (por exemplo, oftalmologia) e indicar a ida do paciente para o especialista.
A partir do encaminhamento, já com o laudo e a suspeita do médico generalista, o especialista pode ir direto ao ponto, não precisando rever os aspectos que o clínico geral levantou e descartou. Assim, encurta-se o processo de diagnóstico, partindo-se para abordagens mais precisas e conseguindo-se melhores resultados.
Com isso, o índice de acerto pode ser muito maior, maximizando os resultados dos tratamentos, já que eles são feitos logo no início do problema, diminuindo as chances de complicações.
A presença de generalista nos plantões médicos em prontos-socorros e hospitais é essencial, pois, para os atendimentos de urgência e emergência, esses profissionais conseguem realizar um bom trabalho de diagnóstico, encaminhando os pacientes para terapias imediatas caso necessário.
Logicamente, algumas situações são conduzidas diretamente para os especialistas nos plantões, por exemplo:
crianças são direcionadas para o pediatra;
pessoas com suspeitas de problemas cardiovasculares vão para o cardiologista;
suspeitas de AVC e problemas neurológicos são encaminhadas para o neurocirurgião plantonista;
fraturas e lesões osteoarticulares são guiadas para o ortopedista de plantão.
Porém, nos demais casos, é possível que o generalista preste um bom atendimento (por exemplo, identificação de causas de processos infecciosos) e o primeiro acolhimento, a fim de amenizar ou tratar o problema.
Suponhamos que uma pessoa chega a um pronto-socorro com febre alta e suspeita de infecção.
O clínico geral pode pedir exames para verificar o ponto de infecção, identificando qual parte do corpo está sendo acometida naquele momento.
Nessa situação, os índices no exame de sangue podem apontar uma suspeita de apendicite e, em conjunto com um ultrassom, confirmar o diagnóstico.
A partir desse momento, e se for o caso, ele encaminha a pessoa para um cirurgião especializado de modo a realizar a remoção do apêndice e garantir a melhora da pessoa, evitando septicemia.
Em muitas situações, um especialista poderia demorar para imaginar que era esse o problema, já que estaria focado na sua área de atuação.
Em vista disso, torna-se relevante a presença tanto de generalistas quanto de especialistas na medicina, para que seus trabalhos sejam feitos de forma complementar, e os melhores resultados para os pacientes sejam conseguidos.
Em questão financeira e de mercado, os médicos especialistas encontram maiores possibilidades de atuação e salários mais atrativos para sua carreira. Afinal, lembre-se de que toda especialização gera um diferencial competitivo.
Isso representa valores melhores na contratação em hospitais, prontos-socorros e clínicas, bem como permite que você possa cobrar mais por consulta, aumentando sua rentabilidade.
A diferença entre médico especialista e médico generalista é uma das grandes dúvidas dos nossos leitores. Contudo, após a leitura deste artigo, você agora conhece quais as competências deles e qual a importância de cada um para um atendimento de qualidade e da especialização para despontar em sua carreira.
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