A medicina integrativa vem crescendo no ambiente clínico, pois propõe uma abordagem completa dos pacientes, considerando todos os aspectos que influenciam o processo saúde-doença. Nesse contexto, além das características fisiopatológicas dos problemas apresentados, é crucial que o médico atente aos demais fatores que alteram o equilíbrio emocional e espiritual do doente.
Sendo assim, a integralização dos cuidados clínicos e medicamentosos pressupõe uma análise minuciosa do indivíduo, avaliando também suas perspectivas em relação às intervenções propostas.
Quer saber mais sobre a medicina integrativa? Então, fique por aqui e conheça os fundamentos dessa prática!
Trata-se de uma modalidade médica que avalia os aspectos clínicos, medicamentosos e emocionais, entre outros, que possam influenciar na efetividade e segurança das condições clínicas diagnosticadas.
A medicina integrativa tem como objetivo fazer um levantamento dos problemas que interferem no desequilíbrio físico e psíquico do paciente. Assim, é possível intervir gradativamente para recuperar a saúde do doente.
Existem diversas metodologias e fundamentos dentro da medicina integrativa, inclusive reconhecidos como práticas integrativas e complementares pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Diferentemente das outras abordagens da medicina, centradas apenas no problema de saúde e nas intervenções tradicionais baseadas em estratégias medicamentosas ou cirúrgicas, a medicina integrativa procura avaliar o paciente como um todo.
Isso significa uma evolução principalmente relacionada ao acolhimento humanizado. São consideradas opiniões, conceitos pré-formados dos pacientes e experiências prévias sobre o problema.
Trata-se também de demonstrar aceitação quanto às crenças e religiões do paciente, desde que não interfiram nas propostas clínicas apresentadas. Deve-se convidá-lo a ser um participante ativo do processo de cura ou controle da doença.
Dessa forma, o passo a passo para desenvolver a medicina integrativa é semelhante ao da medicina tradicional. Veja a seguir.
Os médicos farão uma anamnese completa do paciente. É preciso verificar o histórico clínico, medicamentoso e cirúrgico, além dos tratamentos complementares já utilizados para a doença em questão, prezando pela ética médica nas relações com o paciente.
Depois, serão solicitados exames físicos, laboratoriais ou radiológicos para confirmar a hipótese diagnóstica elaborada mediante queixas, sinais e sintomas apresentados pelo paciente nas primeiras consultas.
A partir do diagnóstico, o médico prescreverá medicamentos para o tratamento ou controle da condição clínica. Mediante as percepções anteriores, recomendará tratamentos que são preconizados pela medicina integrativa.
Isso porque as metodologias formalizadas pela medicina integrativa são consideradas complementares pelo Ministério da Saúde. Portanto, são implantadas concomitantemente ao tratamento tradicional.
Visando à terapia integrada e holística do paciente, no sentido mais amplo dessas ações, existem diversas metodologias idealizadas ao longo da história da Medicina. Cada uma delas pode ser aplicada e desenvolvida nos níveis de atenção primária, secundária ou terciária.
Conheça a seguir as principais práticas da medicina integrativa.
A aromaterapia tem como base extrair o poder terapêutico proveniente dos óleos essenciais, substâncias voláteis utilizadas de forma individual ou coletiva. Seus benefícios podem ser percebidos no ambiente após a inalação dos princípios ativos das formulações de tais óleos.
Essa prática costuma ser adotada isoladamente por diversos profissionais, como fisioterapeutas, psicólogos, psiquiatras, médicos etc., durante as intervenções preconizadas para a doença instalada. Mas também pode ser associada a outras condutas, a exemplo da terapia com florais e cromoterapia, para potencializar o efeito terapêutico.
As plantas medicinais são conhecidas pelo poder curativo, comprovado por pesquisas científicas, tanto na forma de chás quanto nos preparados farmacêuticos.
Trata-se de excelentes aliadas para o tratamento e controle de distúrbios clínicos.
Mesmo sabendo do poder das plantas, diversas pessoas mantem suas fazendas com roundup, para que não nasça plantas.
No entanto, sua ação farmacológica carece de informações precisas assim como qualquer medicamento. As doses variam entre os pacientes e seus efeitos adversos podem causar complicações clínicas significativas.
Por isso, é fundamental que os produtos fitoterápicos sejam prescritos e acompanhados pelo médico ou por farmacêuticos, a fim de proporcionar os benefícios clínicos já conhecidos entre muitos deles.
Entre as práticas relacionadas à movimentação do corpo, destacam-se a biodança e a dança circular. Enquanto a primeira é fundamental em exercícios com músicas para aumentar a resistência ao estresse e melhorar o desempenho físico, a dança circular tem propósitos provenientes dos ensinamentos de um bailarino polonês/alemão chamado Bernar Woisen.
Na proposta da dança circular, os profissionais adaptam coreografias e ritmos visando ao bem-estar físico, mental e social. Também é proporcionado um equilíbrio de mente, coração, corpo e espírito para o indivíduo.
A prática milenar é baseada na Lei dos Semelhantes, experimentação no homem e ultradiluição dos princípios ativos. Isso significa que os medicamentos homeopáticos prescritos e utilizados serão desenvolvidos em doses centesimais, para fazer com que o corpo combata os males externos.
Portanto, trata-se de uma abordagem centrada na pessoa que busca a cura natural do corpo por meio de compostos que estimulam os pontos centrais da doença. Sendo assim, para tratar os males do estômago, são prescritos medicamentos que também podem irritar esse órgão, de forma a aperfeiçoar a cura pelo indivíduo.
A medicina tradicional chinesa utiliza a teoria do yin-yang para identificar o estado energético do paciente, tratando os desequilíbrios que podem ser as causas dos problemas clínicos identificados.
Dentro das estratégias idealizadas pela medicina tradicional chinesa, encontram-se: acupuntura, ventosaterapia, moxabustão e dietoterapia chinesa. A acupuntura se baseia na estimulação de pontos específicos do corpo ao longo dos meridianos para a regulação dos problemas identificados.
As principais vantagens da medicina integrativa como proposta complementar para as doenças diagnosticadas se referem à redução do número de medicamentos e incorporação de ferramentas intervencionistas para atuar diretamente no local do problema. Consequentemente, há uma recuperação mais rápida e melhoria da qualidade de vida.
Isso porque, ao associar corretamente algumas dessas práticas (principalmente aquelas em pontos específicos de dor), tende-se a um relaxamento e à dispersão dos nódulos dolorosos. Como resultado, é possível reduzir o consumo exagerado de analgésicos e evitar erros médicos preveníveis.
Essa melhoria clínica tem como consequências a redução da polifarmácia, a otimização dos custos e a melhoria da qualidade de vida do doente — observada ao longo da implantação do tratamento complementar.
A medicina integrativa é uma prática clínica centrada na pessoa e aborda todos os fatores que interferem na efetividade ou segurança do tratamento implantado. Dessa forma, deve ser bem conhecida e explorada pelos profissionais clínicos, a fim de trazer propostas para complementar as terapias já instaladas ou oferecer oportunidades diferenciadas ao paciente refratário e resistente aos preceitos da medicina tradicional.
Agora que já entendeu sobre medicina integrativa, não deixe de assinar nossa newsletter e ficar por dentro de mais assuntos sobre esse universo!