A área da saúde está em constante avanço, ao passo que o enfermeiro que quiser…
A humanização na Enfermagem é um tema muito discutido nas faculdades e outras instituições de ensino. O atendimento com foco no paciente é cada dia mais valorizado nas unidades de saúde e priorizado pelos profissionais que atuam em equipe. Mas, embora existam grandes discussões, é um desafio implementar ações humanizadas na área da saúde.
Isso porque é necessária uma mudança de paradigmas científicos construídos ao longo da história da Enfermagem e da saúde de maneira geral. Nesse sentido, atender de forma humanizada implica em deixar para trás algumas atitudes que traziam a doença como o foco (em vez do paciente).
Mas, então, o que é a humanização na Enfermagem e como superar o desafio da sua implementação? Com o objetivo de responder a essa e outras perguntas, desenvolvemos o conteúdo a seguir com as principais informações sobre o assunto para você. Continue lendo para saber mais!
Antes mesmo de saber como aplicá-la na Enfermagem, é fundamental entender o conceito de humanização. Como comentamos, essa perspectiva traz uma transformação nos paradigmas científicos: antes, o foco do profissional de saúde deveria ser na doença e nos sintomas para encontrar as melhores soluções do seu quadro clínico.
Como consequência, tínhamos pacientes saudáveis, mas que passavam por processos e tratamentos desafiadores que colocavam sua qualidade de vida em risco. Compreendendo a necessidade de ter um olhar atencioso para a integridade dos seres humanos, os profissionais perceberam a importância de enxergar a pessoa atendida como um ser biopsicossocial.
Mas o que isso quer dizer? Além da composição física e orgânica, temos um processo psicológico e social que se relaciona dialeticamente com os aspectos biológicos do nosso corpo. Nesse sentido, atender a um paciente de forma antiética e não respeitar suas decisões também interfere na qualidade do tratamento e, é claro, na evolução do quadro.
Essa transformação de pensamento fez com que um tema muito importante surgisse nas pesquisas e práticas da Enfermagem: a humanização da assistência. Ao contrário do que muitos pensam, não se trata do simples tratamento da espécie humana, mas sim do olhar diferenciado que os profissionais de saúde devem ter.
Afinal, o corpo se comunica de diversas formas — não só por meio dos sintomas biológicos. O olhar, a fala ou uma lágrima que muitas vezes escapa durante o diagnóstico ou prognóstico dizem muito. Prestar atenção em todos esses sinais e não desmerecê-los caracterizam a assistência humanizada, diferenciando sua atuação dos demais colaboradores.
É por isso que muitos médicos e enfermeiros falam que a ética, o respeito, a empatia e a compaixão são as bases de um trabalho humanizado, que vai muito além de ser cordial com os pacientes. Deve-se centralizar a pessoa ao longo de todo o tratamento e perceber as sutilezas que ela apresenta.
Você já percebeu que essa estratégia garante um bom atendimento aos pacientes, certo? No entanto, ela também ultrapassa a barreira da assistência, interferindo na eficiência e na qualidade do trabalho da equipe.
Vamos pensar juntos: quando um paciente é percebido de forma holística, isto é, na sua totalidade, todos os profissionais precisam trabalhar em equipe para fornecer um bom tratamento.
Isso faz com que os grupos multiprofissionais fiquem integrados, gerando uma comunicação ativa e direta entre eles. Isso reflete, novamente, na qualidade do serviço oferecido. Sem contar que, ao treinar o olhar humano, a instituição se torna um ambiente de trabalho agradável e confortável para todos, incluindo os colaboradores.
O fato é que a humanização ainda é um desafio para algumas pessoas por dois grandes motivos: a desvalorização das profissões na área da saúde e a relevância dos aspectos biológicos. Em outras palavras, as ciências médicas priorizam os conhecimentos orgânicos em vez de entenderem o humano como um ser biopsicossocial.
Por consequência, as atitudes humanizadas que integram todas as esferas da vida dos pacientes não são reconhecidas nas grandes clínicas e hospitais. Muitos profissionais acreditam que a humanização é uma estratégia de acolhimento que necessita de longas horas de atenção e dedicação, mas, na verdade, envolve um olhar atencioso, um toque carinhoso e o sentimento de empatia pelo enfermo.
Nos próximos tópicos, separamos três aspectos que evidenciam a importância da humanização nos centros de saúde, garantindo um atendimento qualificado e ético a seus pacientes. Confira!
Como vimos, a valorização da profissão é um dos aspectos que dificulta as sessões humanizadas, tendo em vista o desafio que é estar em um ambiente no qual sua ocupação não é bem reconhecida. Ainda que a Enfermagem tenha crescido no país e ganhado um espaço diferenciado em relação às outras áreas da saúde, muitas vezes é desvalorizada em comparação com a Medicina.
De maneira geral, os médicos ocupam uma posição de destaque nos hospitais justamente por terem um conhecimento mais aprofundado em relação à sua especialização. No entanto, isso não desqualifica a profissão do enfermeiro, que é fundamental para garantir a qualidade da atuação da equipe e um bom atendimento.
Implementar ações estratégias no seu local de trabalho é uma excelente forma de valorizar sua posição no mercado e garantir o reconhecimento necessário para atuar de forma ética e humanizada. Assim, todos podem compreender a importância do olhar humano, a fim de aprimorar a qualidade da assistência.
Muitas vezes, o trabalho na área da saúde pode ser desafiador: no meio de tanto caos, é necessário promover um ambiente seguro e acolhedor a todos. Porém, diante dos desafios que a saúde pública vem sofrendo, sabemos o quanto é difícil criar um espaço que proporcione qualidade de vida aos enfermos, não é mesmo?
Portanto, investir em uma boa gestão hospitalar é fundamental para garantir que todos os profissionais atuem de forma ética, a fim de preservar a qualidade de vida dos pacientes e promover um ambiente que realmente traga conforto em momentos difíceis. Isso é essencial para desenvolver um trabalho humanizado.
Por fim, a qualificação do trabalho pode ser considerada o terceiro pilar que evidencia a importância da humanização na Enfermagem. Ao investir em treinamento e especialização, o profissional conhece a amplitude da assistência humanizada e consegue implementar ações que auxiliam seus pacientes.
Nesse sentido, o trabalho da organização (seja pública, seja privada) é fortalecido, as equipes atuam de forma coesa e você oferece um serviço qualificado aos enfermos. Por consequência, eles se sentem seguros e a relevância da instituição é consolidada entre a população.
Nos últimos tópicos, você pôde perceber que a assistência humanizada não se restringe a chamar o enfermo pelo nome ou apresentar um sorriso frequente. É necessário oferecer um acompanhamento que atenda às suas necessidades, trazendo-o ao foco da sua atenção. Para que isso seja possível, você precisa agir considerando os valores, os ideais e as motivações do paciente.
É claro que a rotina corrida muitas vezes dificulta esse tipo de acompanhamento, sendo muito mais fácil tratar os sintomas da doença. Para que isso não aconteça, existem algumas atitudes que você pode tomar a fim de aprimorar a qualidade da sua sessão. Confira:
A humanização na Enfermagem precisa ser trabalhada e desenvolvida para que os pacientes tenham suas escolhas respeitadas, assim como apresentem mais qualidade de vida durante seus tratamentos. Ainda que seja um desafio, seguindo as dicas acima será mais fácil promover um bom acolhimento a cada enfermo.
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