O mercado é concorrido e, para conseguir se destacar, o enfermeiro não pode ficar acomodado.…
Para ser um bom profissional, é necessário, além de ter os conhecimentos, as habilidades técnicas e a experiência, trabalhar pautado na ética. Independentemente da sua área, há posturas que precisam ser seguidas.
No caso da ética na enfermagem, estamos falando de princípios que devem nortear a prática profissional, a relação com outros profissionais de saúde e instituições e, ainda, o atendimento a pacientes e familiares.
Quer entender melhor quais as condutas esperadas pelos enfermeiros e a importância de trabalhar com a ética da enfermagem, principalmente na saúde? Então, acompanhe nosso post!
Em linhas gerais, a ética pode ser definida como um conjunto de regras e preceitos morais que orientam o indivíduo a viver em sociedade. Diz respeito também à sua postura profissional e ao relacionamento com seus pares, com o público e com instituições.
Quando se trata da área da saúde, é fundamental que os profissionais atuem de maneira ética, afinal, estamos falando de cuidados dos pacientes, muitos em situação de fragilidade. É necessário, portanto, que a dignidade e o respeito aos indivíduos, em qualquer atendimento ou procedimento, sempre venham em primeiro lugar.
Na enfermagem, que está mais próxima de pacientes, de seus familiares e de outros profissionais, ter responsabilidade com o trabalho é ainda mais importante.
Para normatizar essa conduta, existe o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que foi atualizado em 2017 e traz os direitos, deveres e obrigações dos:
É um documento de leitura obrigatória, pois indica como é preciso se portar em diferentes situações do dia a dia e como deve ser a postura no âmbito do sigilo e da responsabilidade profissional. Por fim, traz, ainda, as sanções e penalidades aos profissionais que agirem em desacordo com o estabelecido no código.
A ética na enfermagem está estritamente relacionada à qualidade dos serviços prestados pelos profissionais da área. Isso porque são pessoas que atuam nos cuidados a enfermos, crianças e idosos, ou seja, precisam trabalhar com respeito à vida, à dignidade e aos direitos humanos.
O papel do enfermeiro, em qualquer função que venha a exercer, é zelar pela saúde, pelo bem-estar e pela segurança dos indivíduos.
É importante que esses preceitos também sejam levados em conta na relação com as equipes multiprofissionais e os gestores dos serviços de saúde. É necessário ser honesto, assumir os erros, ajudar os colegas em dificuldade, não competir com outros profissionais de forma desleal, respeitar a diversidade de opinião e negar-se a realizar atividades, caso não tenha conhecimento ou competência técnica.
Dessa forma, adotar uma conduta ética no trabalho, de acordo com valores morais e princípios da profissão e seguindo as normas da própria organização, é essencial para os enfermeiros que buscam o crescimento na carreira.
Acompanhe, a seguir, as condutas que devem ser adotadas pelos profissionais da enfermagem segundo o código de ética da categoria.
É obrigação do profissional registrar no prontuário, e em outros documentos, os dados e informações indispensáveis ao cuidado do paciente. O enfermeiro deve escrever de maneira objetiva e clara, na ordem cronológica, com letra legível e sem rasuras.
É necessário, ainda, que ele documente formalmente todas as etapas do seu trabalho, em consonância com sua competência legal.
É dever do enfermeiro prestar assistência à coletividade em situações de emergência, epidemia e catástrofes quando convocado, sem se utilizar desses eventos para pleitear vantagens pessoais.
O profissional deve se responsabilizar pelas faltas e pelos erros cometidos durante as atividades por imperícia, imprudência ou negligência, mesmo que tenham sido em trabalho de equipe, desde que haja sua participação ou que ele tenha conhecimento prévio do ocorrido.
O Código de Ética da Enfermagem exige, ainda, que ele comunique aos órgãos criminais os casos de violência doméstica e familiar contra mulher adulta e capaz. O profissional deve ter essa conduta nos casos de risco à comunidade ou à vítima, mesmo que não haja autorização, mas com conhecimento prévio da pessoa envolvida.
É dever do profissional prestar todas as informações (escritas ou verbais) que sejam importantes para a continuidade da assistência e a segurança do paciente. Ele deve também trabalhar em condições seguras, mesmo em situações de suspensão de atividades decorrentes de movimentos reivindicatórios da categoria.
É sua obrigação também deixar claro ao paciente e a familiares todos os direitos, riscos, benefícios e possíveis intercorrências relacionados à assistência prestada. O mesmo deve ocorrer em exames e em outros procedimentos: o enfermeiro deve esclarecer sobre preparo, riscos e consequências, sempre respeitando o direito da pessoa ou de seu responsável de se recusar a fazer.
O enfermeiro deve se posicionar contrariamente e denunciar aos órgãos competentes procedimentos realizados por membros de sua equipe em que haja risco ao paciente por imperícia, imprudência e negligência.
O enfermeiro deve exercer seu trabalho sem discriminação de qualquer natureza. Tem também a obrigação de respeitar a autonomia do paciente ou de seu representante legal em relação à sua saúde, ao conforto, ao bem-estar e ao tratamento.
Esse respeito deve ocorrer, até mesmo, em relação a decisões sobre cuidados que o paciente não deseja receber quando estiver incapacitado de expressar suas vontades (diretivas antecipadas).
Na assistência, é dever do profissional respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade do indivíduo.
Em situações de doenças graves incuráveis e terminais, o enfermeiro deve oferecer todos os cuidados paliativos para assegurar a dignidade e o bem-estar físico, psíquico, social e espiritual do paciente.
O Código de Ética da Enfermagem estabelece, ainda, que o profissional precisa manter sigilo sobre fato de que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional. A exceção fica para os casos previstos em lei ou por determinação judicial, ou, ainda, mediante a autorização por escrito da pessoa envolvida ou de seu representante legal.
Como você pôde ver, os profissionais devem ter conhecimento dos preceitos da ética da enfermagem. Dessa forma, saberão como agir e portar-se em diferentes situações, respeitando sempre a dignidade das pessoas e honrando sua profissão.
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