Conhecer as principais vias de administração de medicamentos é fundamental para praticar uma assistência ao…
A administração de medicamentos é uma das maiores responsabilidades do enfermeiro. Isso porque o erro na dosagem, a leitura equivocada das prescrições médicas e a falta de atenção podem trazer sérias consequências para o paciente — desde efeitos colaterais agudos até o óbito por falha profissional.
Diante da importância desse tema, muitos enfermeiros recém-formados ficam com dúvidas sobre como realizar a administração correta de fármacos. No entanto, você não precisa se preocupar: o lado bom dessa carreira é que existem diversas técnicas para o cotidiano de trabalho.
Neste artigo, separamos 5 atitudes que você deve tomar para evitar falhas na administração de medicamentos nos seus pacientes e conquistar uma carreira de sucesso. Vamos lá?
Uma das principais dicas para evitar que os pacientes sejam prejudicados é seguir a regra dos 9 certos. Com a rotina corrida das clínicas e hospitais, esquecer de conferir fichas, analisar identificações e confirmar registros são atitudes comuns.
Acontece que esses são passos fundamentais e que não podem ser deixados de lado, uma vez que qualquer erro — ainda que de atenção — pode provocar sofrimento para o seu paciente. Então, como garantir que isso não aconteça?
Na verdade, é muito simples: basta utilizar a regra dos 9 certos como checklist. Nos próximos tópicos, explicamos cada passo para ajudá-lo a atuar de forma responsável. Veja!
A primeira regra dos 9 certos é a do paciente. Você precisa verificar se a medicação está sendo aplicada na pessoa certa e, para isso, é necessário utilizar seus marcadores de identidade (nome e data de nascimento), bem como questioná-la sobre o seu quadro, caso esteja consciente.
Se na primeira regra você tinha que prestar atenção no paciente, agora, deve conferir se o medicamento administrado é o correto — ou seja, analisar se o remédio que está nas suas mãos é realmente o prescrito. Caso tenha dúvidas, verificar com o médico responsável para confirmar é a melhor opção.
Em seguida, avalie se a via de administração prescrita é a recomendada para aplicar o medicamento em questão, tendo em vista que existem diversas vias utilizadas nos mais variados fármacos. Isso pode ser feito a partir do seu conhecimento técnico e confirmado pela identificação da embalagem.
Você já deve ter estudado que os horários são importantes para a administração de remédios, não é mesmo? Aplicar o fármaco na hora prescrita faz com que o quadro clínico do paciente não se agrave, aumentando o seu período de estabilidade. O ideal é conferir a prescrição e sempre conversar com a equipe.
Indo além, outra regra dos 9 certos é a dose correta. Prestar atenção nos números escritos faz toda a diferença para a manutenção da vida do paciente. Isso porque, muitas vezes, a vírgula pode estar apagada — e o que antes eram 15 doses, se tornam 150. Em casos de dúvidas, não tenha medo de conferir com a equipe e observar a identificação do medicamento, ok?
O trabalho em hospitais ocorre de forma multidisciplinar. Registrar corretamente todas as ocorrências da administração de medicamentos garante não só a segurança dos pacientes, como também assegura a sua ética profissional. Por isso, procure sempre registrar qual fármaco foi aplicado, a dosagem, o horário e as desistências, caso tenham acontecido, para que os outros profissionais tenham acesso.
A sétima regra se refere à orientação correta, tanto ao enfermo quanto ao profissional. Nesse sentido, todas as dúvidas precisam ser esclarecidas antes da aplicação acontecer, e você tem a responsabilidade ética de responder qualquer questionamento do seu paciente.
Outra atitude crucial é prestar atenção na forma farmacêutica em que o medicamento é administrado, observando se ela está de acordo com a via de administração.
Para concluir, a nona regra se refere à observação do paciente frente ao medicamento aplicado. Para isso, você precisa registrar em um prontuário e notificar o médico responsável sobre todos os efeitos gerados, principalmente os indesejados, informando a intensidade e forma na qual as reações apareceram.
Começamos o artigo falando sobre a regra dos 9 certos, mas, quais são as outras atitudes que você pode tomar para garantir a segurança dos enfermos? Na verdade, existem muitas técnicas que visam tornar o trabalho mais humanizado e oferecer uma experiência melhor para o seu paciente.
Uma delas é a leitura dos rótulos dos medicamentos e da sua ficha, de preferência junto a ele. Isso promove uma aproximação entre vocês, fazendo com que o paciente se sinta mais à vontade sob seus cuidados. Além disso, é possível conferir com mais calma se o que foi prescrito está de acordo com o que ele precisa.
Você se lembra de que uma das nove regras é registrar o que aconteceu depois do tratamento? Pois é, muito antes, é necessário monitorar todas as reações que o enfermo apresentou após ser medicado. Assim, torna-se mais fácil ampliar as formas de atuação com ele e garantir uma melhora significativa no seu quadro.
Além disso, fique de olho em como ele reage de forma emocional e comportamental. Os enfermos com quadros mais graves tendem a se desestabilizar, precisando de um apoio psíquico maior. Tudo isso pode ser repassado à equipe com o objetivo de promover a qualidade de vida do paciente.
Já comentamos que a atenção é uma das características essenciais para evitar falhas médicas. Se você sabe que essa não é a sua habilidade mais forte, fique tranquilo: é possível montar um espaço à parte para preparar a medicação.
Sendo assim, separe uma pequena área para voltar toda a sua atenção no que está sendo feito: a confirmação do paciente, a análise do medicamento, a verificação da via, hora e dose certa e assim por diante.
Isso faz com que você se sinta mais seguro não só para aplicar o fármaco no enfermo, como também para responder todas as dúvidas que ele apresentar em relação ao tratamento — principalmente em casos de dependência química.
Para concluir nosso artigo, não poderíamos deixar de falar sobre a organização dos seus armários, afinal, qualquer bagunça no meio médico pode levar a sérias consequências. Para combater a administração equivocada de fármacos, organize o seu armazenamento por meio de categorias.
De nada adianta, por exemplo, deixar duas medicações contrárias na mesma prateleira. Na correria do dia a dia, você pode se confundir e administrar o fármaco errado para o paciente.
Por isso, procure classificar cada medicamento e colocá-los em regiões específicas do seu armário para evitar essa confusão. Além de fornecer uma experiência mais agradável para o enfermo, você otimiza o seu tempo de procura do remédio correto.
Errar na administração de medicamentos não precisa mais ser um desafio na sua profissão. Seguindo as dicas que separamos, é possível garantir a segurança do paciente ao longo do tratamento — inclusive, de dependência química —, bem como assegurar sua responsabilidade profissional e obter mais reconhecimento.
Gostou das dicas? Então, aproveite que está aqui e confira nosso post com os principais termos técnicos que você precisa conhecer para atuar na Enfermagem!