Para garantir a padronização dos processos e um atendimento mais personalizado, seguro e de qualidade,…
Conhecer as abreviações dos termos mais utilizados em uma prescrição médica é um passo importante no seu dia a dia profissional. É por meio dessas siglas que você consegue se comunicar com a equipe, evitando erros que podem comprometer a saúde do paciente — além de permitir que ele próprio compreenda como deve ser feita a administração de medicamentos e procedimentos para melhorar o seu quadro.
Tem mais: essas abreviações são capazes, também, de otimizar o diálogo entre os médicos, enfermeiros e técnicos do hospital. Isso garante uma agilidade no processo assistencial, bem como maior qualidade de vida para os pacientes.
Mas, afinal, quais são os principais termos utilizados nas prescrições e suas abreviaturas? Neste artigo, listamos as expressões mais corriqueiras no ambiente hospitalar para você ficar por dentro da comunicação ativa entre as equipes. Boa leitura!
O termo se necessário é certamente um dos mais utilizados na prescrição médica. Isso porque, muitas vezes, o próprio paciente pode ter controle da administração dos fármacos, especialmente se o quadro clínico for simples. É comum que alguém que esteja com enxaqueca e procure o posto de saúde ou hospital, por exemplo, saia com uma receita médica, não é mesmo?
Nela, o médico costuma indicar o uso de remédios que auxiliam no controle da cefaleia, cabendo ao paciente utilizá-los quando sentir necessidade. Assim, na prescrição, o profissional deve ressaltar que aquele medicamento específico pode — e deve! — ser administrado pelo enfermo quando ele sentir dores fortes.
Acontece que é necessário ter uma postura ética e profissional frente ao uso dessa sigla, tendo em vista que ela pressupõe uma interpretação pessoal do paciente e, é claro, do médico. Por isso, é fundamental que você oriente o enfermo a identificar os momentos nos quais ele pode utilizar a medicação.
Ao contrário da sigla S/N, a SNE representa uma prática voltada para a área hospitalar. Em outras palavras, a prescrição, ainda que seja do paciente, não é direcionada a ele — mas, sim, ao enfermeiro responsável pelo caso. O médico a colocará no prontuário para que você administre o quadro clínico.
A abreviação SNE significa sonda nasoenteral, que representa a alimentação do enfermo por meio de uma sonda. Isso acontece quando ele não consegue se alimentar pelo método convencional e precisa de um auxílio externo para nutrir o seu corpo.
Vale lembrar que a aplicação da sonda também pode ser realizada em outros ambientes, como nas unidades de pronto atendimento do SUS (Serviço Único de Saúde) e em internações domiciliares. No entanto, é sempre necessário o acompanhamento de um médico responsável para fazer a prescrição médica correta.
A suspensão é um termo utilizado amplamente pelos profissionais da área — tanto médicos quanto enfermeiros —, tendo em vista que representa uma forma de medicamento oral que visa uma resposta rápida do organismo frente ao quadro clínico. Assim, ela aparecerá no prontuário como uma forma de administrar determinado fármaco.
No entanto, como funciona esse tipo de medicamento? A suspensão é uma maneira de apresentação do produto, mantendo em repouso as partículas do remédio. Por isso, antes de aplicá-la, é fundamental misturar bem a fórmula para garantir que o paciente tome a quantidade certa ao longo do seu tratamento.
Como você já deve imaginar, a sigla adm. nada mais é do que administrar. Utilizada tanto para orientar os enfermos na realização de medicações autônomas quanto enfermeiros e técnicos no auxílio ao paciente, o termo é muito comum em qualquer âmbito da Enfermagem e Medicina.
Assim, administrar se refere à quantidade de fármaco que deve ser utilizada no tratamento, bem como o tipo de medicamento e a forma de aplicação. Por exemplo, é muito comum que na prescrição médica de quem sofre com cefaleia apareça a seguinte frase: adm. um comprimido de tylenol por dia, S/N.
Outro termo amplamente utilizado nos consultórios e hospitais é o ASA, que representa a classificação do estado físico do enfermo. Essa categorização vem de uma pesquisa norte-americana que se tornou referência na área, constituindo a Sociedade Americana de Anestesiologia.
Essa sociedade desenvolveu, então, seis classes para caracterizar o estado físico dos pacientes, com o intuito de auxiliar o médico anestesista a controlar as doses e promover um atendimento de maior qualidade.
Acontece que todas as prescrições vêm acompanhadas das categorias criadas pela ASA. A seguir, listamos as classificações para você ficar de olho. Vamos lá?
Você se lembra de que, nos tópicos anteriores, comentamos sobre a administração de fármacos? Pois é: a sigla APL normalmente aparece junto à adm. e significa a forma de aplicação de determinado remédio. Em outras palavras, é a maneira na qual o enfermeiro medica o paciente ao longo do tratamento.
A aplicação, contudo, vai muito além da forma na qual o remédio é administrado. Para que a vida do enfermo não seja colocada em risco, o profissional responsável deve conhecer o fármaco utilizado, o quadro clínico e histórico do paciente, a dose e via correta de administração, além da hora certa do uso.
Não podemos negar que o ambiente hospitalar, na maioria das vezes, apresenta muito sofrimento. Diariamente, podemos encontrar pessoas com histórias difíceis passando por mais desafios e buscando ajuda profissional para conquistar uma melhor qualidade de vida.
Para os casos mais leves e intermediários, os profissionais lançam mão de uma sigla-chave para orientar o trabalho dos enfermeiros, técnicos e auxiliares: SSD. Na prática, ela significa sem sinais de dor, transmitindo a ideia de que aquele paciente não demonstra nenhuma manifestação física — e, às vezes, psicológica — de dor.
Com isso, fica muito mais fácil desenvolver uma estratégia eficiente de tratamento, bem como planejar com mais cuidado a administração de fármacos. Afinal de contas, você entende que o sujeito não está em sofrimento e que o seu quadro não apresenta riscos de complexidade.
Para finalizar, não poderíamos deixar de fora da nossa lista uma das siglas mais utilizadas entre os profissionais: tto. Na prática, ela significa tratamento e orienta aqueles que leem as prescrições sobre as formas corretas de atendimento ao enfermo relacionadas a seu caso.
Como você já deve imaginar, identificar o tratamento antes mesmo de conhecer o paciente é uma excelente maneira de otimizar a sua forma de trabalho e desenvolver uma postura ética frente ao problema. Assim, é possível ajudá-lo da melhor forma possível.
Conhecer as principais abreviações utilizadas na prescrição médica é fundamental não só para otimizar a comunicação entre a equipe, como também para garantir maior qualidade de vida ao enfermo. Lembre-se de que, para trabalhar em ambientes hospitalares, é fundamental investir em uma especialização, tendo acesso às melhores oportunidades do mercado.
E então, o que achou do nosso artigo? Aproveite para complementar a sua leitura e conheça os termos técnicos mais utilizados pela Enfermagem!