O regime de plantão noturno é essencial nos hospitais, para que seja possível oferecer atendimento 24 horas aos pacientes. Isso porque problemas, acidentes e emergências não têm hora para ocorrerem, certo?
Portanto, os profissionais responsáveis pelos plantões devem estar devidamente preparados para exercerem suas funções nessa modalidade, evitando que erros sejam cometidos por cansaço excessivo ou outras peculiaridades. Nesses casos, o atendimento ocorre no horário em que o profissional estaria dormindo e, por isso, é normal que surja certa sonolência.
Mas é necessário saber como amenizar essa situação e oferecer um atendimento de excelência para seus pacientes. Continue a leitura e veja 8 dicas imprescindíveis para os profissionais que prestam serviços em plantões noturnos.
Um dos principais dilemas de quem trabalha com o plantão noturno é driblar a sonolência que acaba aparecendo por conta do horário. Um dos vilões responsáveis por potencializar essa sensação pode ser a alimentação.
É importante fazer refeições leves durante o expediente, já que alimentos mais pesados tendem a gerar fadigas momentâneas para a realização da digestão. Invista em itens termogênicos, que mantenham o organismo acelerado e, consequentemente, reduzam a sonolência. Uma pitada de canela na sobremesa do lanche noturno pode auxiliar a diminuir a sensação de cansaço, por exemplo.
Lembre-se também de garantir a devida hidratação, já que a água mantém o metabolismo ativo e potencializa as sinapses, reduzindo o sono.
Os carboidratos são grandes inimigos dos plantonistas. Isso porque aqueles classificados como simples, quando ingeridos, exigem do organismo uma maior oxigenação durante a digestão. Com isso, o fluxo sanguíneo vai para a região abdominal e o cérebro tende a entrar em uma espécie de “stand by”.
Outro ponto é que, apesar de ser transformado em glicose (e energia para o corpo, consequentemente), o efeito energético dura apenas três ou quatro horas após a ingestão, devido ao pico de insulina. A secreção excessiva dessa substância pode fazer com que o triptofano seja conduzido velozmente para o cérebro, aumentando a produção de serotonina e melatonina.
O resultado é uma espécie de efeito calmante, que pode gerar o estado de sonolência — algo que definitivamente não é desejado pelos médicos plantonistas noturnos.
Um hábito que pode ajudar bastante os plantonistas é consumir bebidas ricas em cafeínas, que, por serem estimulantes, auxiliam a despertar o profissional. A principal delas é o café, popularmente conhecido por sua ação de “espantar” a sonolência.
Há outras opções (principalmente chás) que também têm efeitos estimulantes e podem ser utilizadas nesse momento. Mas tome cuidado!
Pode ocorrer uma superestimulação do sistema nervoso provocada por tais bebidas, de forma que, embora esteja exausto após o plantão, o profissional não consiga descansar. Então, tenha moderação no consumo dessas substâncias.
Mais uma estratégia válida é tentar dividir o horário com outros colegas plantonistas, para que nenhum deles fique sobrecarregado. Isso é válido principalmente entre aqueles que trabalham no setor cirúrgico, já que o foco deve ser total, evitando erros e riscos derivados do cansaço e da fadiga.
Assim, nenhum paciente em caráter emergencial deixará de ser atendido e não será necessário evitar o repouso do médico.
O descanso médico é regulamentado por resoluções dos Conselhos Regionais de Medicina. Em jornadas estressantes de 12h e 24h, é necessário tirar períodos para descanso, alimentação e higienização, entre outros cuidados.
Mas é preciso parcimônia: se o médico estiver atendendo um paciente em caráter emergencial, não pode haver o período de descanso, pois um caso de urgência é prioridade, assim como a manutenção da saúde e do bem-estar da pessoa. Nesse contexto, dividir o plantão com colegas é uma opção para encontrar um equilíbrio entre o descanso e o atendimento prioritário ao paciente.
É importante ressaltar que o local de trabalho do médico deve ter uma infraestrutura confortável, que permita pausas de descanso eficientes. Esses momentos devem ser um refresco para o restante da jornada, permitindo que os próximos atendimentos sejam prestados de forma eficiente.
Todo organismo tem um limite, de modo que o profissional precisa respeitá-lo se não quiser comprometer sua própria saúde no processo de execução da jornada de trabalho. Isso porque, apesar de ser contra a legislação, muitos médicos optam por emendar plantões, passando mais de 24h sem descanso.
Lembre-se de seus conhecimentos como profissional de saúde e priorize o descanso do seu corpo, pois você é um ser humano (e não uma máquina). Evite, assim, o surgimento da síndrome de Burnout.
O corpo emite sinais de que está chegando ao seu limite até mesmo quando há o respeito às jornadas estabelecidas em lei. Há profissionais que não podem consumir exaustivamente café para se manterem acordados ou passam a sofrer com dores no estômago e gastrites, por exemplo.
Assim, é possível utilizar outras manobras, como redução do número de plantões noturnos ou técnicas para se manter acordado e reduzir a sonolência por meio da identificação desse limite (consumo de café exagerado).
Vale lembrar que sua presença no hospital não basta: é necessário que você esteja, dentro do possível, no auge de suas condições, para que possa estabelecer o socorro necessário no caso de ser solicitado em alguma emergência.
Como o plantão noturno tende a ser bem mais lento do que o diurno, muitos profissionais sentem sonolência devido ao tédio. Há um número reduzido de ruídos, os atendimentos são mais espaçados e o número de profissionais no ambiente é maior.
Assim, os plantonistas precisam encontrar formas de permanecerem dispostos e acordados, seja lendo, acompanhando uma série ou estudando. O importante é manter-se ativo e não perder o foco.
Todas essas dicas são importantes para ficar ativo durante o plantão noturno e conseguir exercer seu trabalho com maior dedicação, evitando problemas ou comprometimentos à saúde dos pacientes.
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